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* OS MALES DO CONSUMISMO

Textos: Pv. 30.8 – Ec. 2.4-11

OBJETIVO: Mostrar que a sabedoria e a moderação gerada pelo Espírito é o antídoto contra o consumismo que subjuga as pessoas, inclusive alguns cristãos.

INTRODUÇÃO: O consumismo se tornou uma prática comum na sociedade moderna. Muitos cristãos têm se deixado levar por essa tendência. Os efeitos do consumismo são danosos não só ao bolso, mas também, à fé cristã. Ciente disso, estudaremos, no estudo desta semana, o que significa ser consumista na sociedade contemporânea, as influências dos meios de comunicação de massa na prática do consumo, e por fim, os cuidados que precisamos a fim de consumir com equilíbrio.

1. O CONSUMISMO COMO DOENÇA: A palavra “consumismo”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa “1) ato, efeito, fato ou prática de consumir ou comprar em demasia; e 2) consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente de artigos supérfluos. Do ponto de vista sociológico, o consumismo é o ato de consumir bens ou serviços, muitas vezes, sem reflexão. Existem muita polêmica a respeito desse assunto, entre elas, o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem sobre os indivíduos. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um produto do capitalismo e um fenômeno da sociedade moderna. Destacamos, também, que o consumismo pode se tratar de uma doença comportamental, clinicamente denominada de “oneomania”. Nesses casos, a pessoa doente consome compulsivamente coisas que não irá usar ou que não terá qualquer utilidade. Na maioria das vezes, o consumidor compulsivo busca preencher, por meio da aquisição de produtos, um vazio na alma. Sua maior tristeza é perceber que todos os bens que estão do lado de fora não trazem a satisfação interior. Pior que isso, resultam em dívidas, que, muitas vezes, não poderão ser saldadas.

2. O CONSUMISMO E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO: A princípio, faz-se necessário distinguir o que seja “consumo” e “consumismo”. No primeiro caso, as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para a sobrevivência. Em relação ao consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem, e até o que não tem, em produtos supérfluos. Esse consumo exagerado, em muitos casos, é produto das provocações dos meios de comunicação de massa, especialmente, da propaganda da televisão. Os canais televisivos cobram quantias exorbitantes aos anunciadores dos produtos, os quais, incitam as pessoas a adquirirem os seus produtos, criando necessidades que, na verdade, não existem. As implicações sociais do consumismo são terríveis, pois podem gerar violência na medida em que as pessoas distanciadas de Deus acabam cometendo atrocidades a fim de satisfazer a vontade de possuir um determinado produto. A explicação da compulsão pelo consumo talvez possa se amparar em bases históricas. O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Uma outra conseqüência danosa do consumismo é a destruição do meio ambiente, algo que não pode ser desconsiderado, mesmo pelos cristãos, pois somos mordomos da criação de Deus (Gn. 2.8,19,20; Ex. 23.11)

3. O CRISTÃO DIANTE DO CONSUMISMO: O consumismo não afeta apenas os não-cristãos, na verdade, em virtude da famigerada Teologia da Prosperidade - que preferimos denominar de Teologia da Ganância – muitos cristãos estão sendo preso às teias do consumo compulsivo. Essa teologia antibíblica acaba por valorizar mais as coisas materiais do que as espirituais (Pv. 30.15. Mt. 6.19-21). Ela incita a insatisfação dos cristãos que acabam se distanciando do sábio conselho de Agur (Pv. 30.8,9). As igrejas evangélicas, em geral, não estão imunes a essa prática, pois muitos templos se transformaram em comércio, nos mesmos moldes que nos tempos de Jesus (Mt. 21.12). Alguns pregadores e cantores cobram preços exorbitantes para freqüentar uma determinada igreja ou espaço físico, fomentado os shows gospel. Alguns líderes eclesiásticos acabam sendo tragados por essa tendência, e ao invés de se reunirem para estudar a Bíblia, não têm outro assunto senão o último bem que acabaram de adquirir. A esse respeito bem ressaltou Jesus quando disse que a boca fala do que o coração está cheio (Lc. 6.45). O consumo desordenado é anticristão, pois em Fp. 4.11-13 e I Tm. 6.10, somos instruídos a viver em contentamento. E esse, sem dúvida, é o verdadeiro antídoto contra a prática do consumismo (Pv. 15.27; Ec. 5.10; Jr. 17.11).

CONCLUSÃO: Com Jesus, precisamos aprender a orar pelo “pão nosso de cada dia” (Mt. 6.11). Se levarmos esse princípio adiante, saberemos consumir com equilíbrio, a fim de satisfazer as necessidades e evitaremos o desperdício (Jo. 6.12). Sejamos cautelosos na aquisição de bens, é preciso sempre avaliar se o orçamento familiar será suficiente para cobrir as despesas (Is. 55.2; Lc. 15.13,14). Não deixe de investir na propagação do Reino de Deus através dos seus dízimos e ofertas (Mt. 23.23), adquira, com moderação, bons livros e cds evangélicos de escritores e cantores que tenham comprometimento com a obra de Deus, não em fazer fortuna. Aprenda a confiar no Senhor, não se deixe levar pelas exigências sociais, pois não são poucos os casos de pessoas que estão endividadas porque optaram por um padrão de vida além de suas posses. A sociedade exige que você tenha de tudo, sempre novo e do mais caro, mas não patrocina. Por isso, aprenda a confiar em Deus e a encontrar plena satisfação nEle, e assim, nada irá nos faltar (Sl. 37.25; 23.1). PENSE NISSO!