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RUTE, DEUS TRABALHA PELA FAMÍLIA




Texto Áureo Rt. 4.14 – Leitura Bíblica Rt. 1.1-14




INTRODUÇÃO
Na aula de hoje nos voltaremos para a história de uma mulher, Rute. Essa, juntamente com sua nora Noemi, aprenderam a desfrutar da graça de Deus, mesmo diante das crises. Inicialmente, mostraremos como o Senhor protege a família, mesmo quando essa enfrenta adversidades. E ao final, apontaremos a direção bíblica para se enfrentar as situações difíceis, e o mais importante, a aprender a depender de Deus, mesmo que as circunstâncias não sejam favoráveis. 

1. TENTANDO FUGIR DAS CRISES
As crises nos desafiam, e não poucas vezes, nos conduzem ao desânimo. Durante os tempos dos juízes, ficamos atordoados, e corremos o risco de agir como nos tempos dos juízes de Israel: “cada qual fazia o que achava mais correto” (Jz. 17.6). Rute viveu nesse período, marcado por escassez e injustiças. A família de Elimeleque deixou Belém, que seria a “casa de pão”, para habitar em Moabe, na tentativa de fugir da crise. Seus filhos se casaram com mulheres moabitas, Malon se casou com Rute, e Quiliom, com Orfa. É importante ressaltar que era proibido um israelita se casar com mulheres estrangeiras (Dt. 7.1.-11; Ne. 13.1-3; Ed. 9.1-4). A tentativa de encontrar dias melhores se mostrou frustrada, considerando que Elimeleque e seus filhos morreram naquela terra. Noemi, ao saber que a escassez de comida havia findado em Belém, decidiu retornar para casa. Diante daquela situação, decidiu racionalizar sua opção, solicitando as suas noras que não a seguisse (Rt. 1.8, 11,12). Orfa, convencida pelos argumentos de Noemi, resolveu retornar para sua terra, enquanto que Rute, em um ato de confiança em Deus, seguiu sua sogra (Rt. 2.12). A declaração de fé de Rute, que se encontra em Rt. 1.16,17, é uma das mais tocantes das Escrituras. Noemi se deixou abater pelas crises, quis até mesmo trocar o seu nome para amargura (Rt. 1.21). Quando racionalizamos nossas circunstâncias diante das crises, tendemos a agir do mesmo modo. Com Rute somos desafiados a crer no improvável, e às vezes, no impossível, e saber que Deus está no comando das situações. 

2. APRENDENDO A DEPENDER DE DEUS
Deus está interessado no desenvolvimento do nosso caráter, muito mais do que na nossa prosperidade material. Não é fácil viver pela fé em um modo que se torna cada vez mais dependente do visível. Por outro lado, isso não quer dizer que devemos nos deixar vencer pelo marasmo. Rute confiava em Deus, mas foi diligente ao decidir ir a colheita. A iniciativa de Rute oportunizou seu encontro com Boaz, o parente remidor (Rt. 2.1,3). É importante saber que enquanto estamos trabalhando Deus está conosco (Mc. 16.20), em nós (Fp. 2.12) e por nós (Rm. 8.28). Rute aprendeu a desfrutar da graça de Deus, a começar pelo fato de ela ser estrangeira (Rt. 2.2). A graça de Deus foi manifestada em Boaz, como demonstração de que o Senhor usa pessoas para agraciar. Deus trabalhou naquelas circunstâncias para que tudo ocorresse conforme sua soberana vontade. Ele conduziu Rute aos campos de Boaz, e oportunizou aquele encontro. O cristão, diferentemente das pessoas do mundo, é chamado a ter esperança em Deus. A própria Noemi, que inicialmente se mostrou desanimada diante da situação, foi abençoada por meio da fé de Rute (Rt. 2.19,20). Boaz tornou-se uma benção para a vida daquela família, por ser um parente remidor, alguém que poderia salvá-la da pobreza (Lv. 25.25-34). Não podemos perder a esperança, ainda que tudo o mais se mostre fora de propósito, e que nada faça qualquer sentido (Rm. 15.13).

3. DEUS SEMPRE DÁ UMA SOLUÇÃO
A Bíblia revela um Deus de providência, que não nos abandona diante das crises. Na verdade, podemos descansar na certeza de que Jesus é nosso Parente Remidor (Jo. 8.36). Ele derramou seu precioso sangue para remissão dos nossos pecados, ainda que não sejamos merecedores de tamanha graça (Rm. 5.8). A vida de Rute foi transformada depois que ela teve um encontro com Boaz. De igual modo, nossas vidas são modificadas quando nos deixamos guiar pelo Espírito Santo, e ouvimos as palavras de Cristo. A descendência de Boaz e Rute teve implicações para a história da salvação. Eles se tornaram bisavôs de Davi, e por sua vez, compuseram a arvore genealógica do Messias. Deus trabalha nas situações, os seus propósitos podem não ser compreendidos, pois Ele sabe o que está fazendo. Os caminhos de Deus são misteriosos, nem sempre podem ser explicados pela razão. Mesmo o dogmatismo religioso é desconstruído pela graça maravilhosa de Deus. Rute, sendo uma estrangeira, entrou na genealogia de Cristo, que era judeu. Em relação à família, devemos aprender, com a narrativa do Livro de Rute, que essa deve permanecer alicerçada na graça. Nenhuma família na terra pode pensar que é perfeita, estamos todos caminhando rumo à glorificação. Até que esse dia chegue, nossas famílias devem estar fundamentadas no favor imerecido de Cristo. Esse deve ser a base dos relacionamentos familiares. Uma família onde a graça não é uma realidade, é uma família desgraçada. 

CONCLUSÃO
Deus está trabalhando pelas famílias, também devemos fazer o mesmo. Cientes, no entanto, que nossas famílias não são perfeitas. Elas precisam ser conduzidas com graça e amor, dependendo sempre de Deus, e não das circunstâncias. Com Rute, devemos aprender que Deus está no comando das situações, e que tudo Ele fará para que estejamos no centro da Sua vontade. As crises não devem pautar nossas vidas, mas a provisão de Deus, que é sempre para o nosso bem, ainda que não O compreendamos.