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SANTIDADE AO SENHOR

Texto Áureo: Lc. 20.26  – Leitura Bíblica: Lv. 20.1-10

INTRODUÇÃO
Santidade deveria ser uma característica fundamental dos sacerdotes, esses deveriam responder a ordem divina: “sede santos como eu sou santo” (Lv. 11.44). Na lição de hoje, estudaremos a respeito do significado da santidade, inicialmente no contexto do sacerdócio levítico. Em seguida, trataremos sobre o aspecto posicional e progressivo da santificação, e por fim, a importância de dependermos do Espírito, a fim de chegarmos à santidade, sem a qual ninguém verá a Deus (Hb. 12.2).

1. SANTIDADE, A MARCA DOS SACERDOTES
Os sacerdotes deveriam ser separados para o Senhor, por essa razão deveriam portar uma lâmina de ouro, que trazia em sua mitra o seguinte dizer: “Santidade ao Senhor” (Ex. 28.36). A santidade dos sacerdotes deveria inspirar o povo de Israel a fazer o mesmo, a trilhar o caminho separado por Deus, ciente de que era um povo peculiar do Senhor (Ex. 13.21.22). Por causa disso, deveriam obedecer a Palavra de Deus (Lv. 9.6), e não poderiam seguir o exemplo das nações vizinhas. Uma prática comum entre aqueles povos era a de sacrificar seus filhos ao deus-moloque (Lv. 20.1-4). O povo de Israel, diferentemente do que faziam, sabia que os filhos são herança do Senhor. A descendência israelita era uma dádiva de Deus, por isso os filhos eram dedicados ao Senhor, para que vivessem para Ele. A vida conjugal dos israelitas também deveria ser diferenciada, o Senhor proibiu a infidelidade conjugal e o adultério (Lv. 20.10). A santidade, de acordo com os parâmetros levíticos, é uma identidade para o povo de Deus. Os israelitas poderiam ser identificados como o povo que estava separado para o Senhor. Especificamente em relação ao sacerdócio levítico, esperava-se que esses dessem exemplo perante o povo, e que procedessem em conformidade com a Torah, a fim de que o nome do Senhor fosse honrado.

2. SANTIDADE POSICIONAL, PROGRESSIVA E FUTURA
A palavra santificação (hagiasmos, em grego), de acordo com o Dicionário Vine, é usada para significar: a) a separação para Deus (I Co. 1.30; II Ts. 2.13; I Pe. 1.2); b) o curso de vida adequando aos que assim são separados (I Ts. 4.3,4,7; Rm. 6.19,22; I Tm. 2.15; Hb. 12.14). A santificação é, portanto, a relação com Deus na qual os homens entram pela fé em Cristo (At. 26.18; I Co. 6.11), e à qual o seu direito exclusivo é a morte de Cristo (Ef. 5.25,26; Cl. 1.22; Hb. 10.10,29; 13.12). Existem três aspectos na satificação: 1) Posicional – em Hb. 10.10, o autor diz que “Temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”. Isso quer dizer, então, que, de certo modo, já somos santos. Por isso, nas epístolas o Paulo se dirige aos seus destinatários como santos (Rm. 12.13; I Co. 14.33; Fp. 4.21). 2) Progressivo – embora sejamos declarados imediatamente e legalmente santos, pelo ato da regeneração e da justificação, somos instruídos a seguir adiante, em santificação (Fp. 3.13,14). Assim, espera-se que cresçamos até o ponto de podermos digerir alimento sólido (Hb. 5.12-14; I Pe. 2.1-3). Esse processo de transformação se dá em amor (Cl. 3.7-14) no contato com Espírito do Senhor (II Co. 3.18; I Co.10.13). e 3) Futura – em Fp. 3.11 Paulo fala da ressurreição dos mortos, isto é, o momento da glorificação do corpo, esse é o aspecto futuro da santificação. A passagem bíblica de I Co. 15.51,52 detalha como isso acontecera. Com essa esperança, temos a fé de “as aflições do tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm. 8.18).

3. SANTIDADE, COM O FRUTO DO ESPÍRITO
É preciso, portanto, esclarecer que ao mesmo tempo em que “somos santos”, também devemos “buscar a santificação”. Por esse motivo não apenas precisamos da contínua purificação pelo sangue (I Jo. 1.7), como jamais chegaremos ao ponto de não precisarmos dela enquanto vivermos aqui. Por isso, precisamos ser realistas, e atentar para o que está escrito em I Jo. 1.10: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que não podemos viver na prática contínua do pecado (I Jo. 3.8-10). Isso porque a rejeição persistente à voz do Espírito Santo poderá levar à rebelião e à perda definitiva da salvação, ou para ser mais específico, à apostasia (Gl. 5.21; Hb. 6 e 10). Devemos levar em conta a recomendação de Paulo: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”. Diante dos fracassos ao longo do caminho, não devemos nos sentir derrotados, pois temos um Advogado junto ao Pai, um Amigo, Jesus Cristo (I Jo. 1.7). A santificação, enquanto processo, é o ato de separar-se do mal e devotar-se a Deus (Rm. 12.1,2; I Ts. 5.23; Hb. 13.12). As Escrituras põem a santificação posicional, e, por conseguinte, a progressiva, como condição futura para se ver a Deus (Hb. 12.14). Mas uma vida de santidade, conforme exigida em I Pe. 1.15,16), somente pode ser efetivada pelo Espírito Santo, que produz em nós, e conosco, o Seu fruto (Rm. 6.1-11,13; 8.1,2,13; Gl. 2.20; Fp. 2.12,13; I Pe. 1.5).

CONCLUSÃO
A santidade, que era uma marca identitária do sacerdócio levítico, deve ser o objetivo de todo cristão genuíno. Não podemos nos conformar com o mundo, antes devemos experimentar a agradável, boa e perfeita vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Para tanto, devemos viver cada vez mais na dependência do Espírito (Gl. 5.22), buscando agradar a Deus em todo momento, cientes de que a santificação é a vontade de Deus para as nossas vidas (I Ts. 4.13).

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010.