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OFERTAS PACÍFICAS PARA UM DEUS DE PAZ

Texto Áureo: Hb. 10.10  – Leitura Bíblica: Lv. 1.1-9

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito das ofertas pacíficas, essas que eram expressão de gratidão e reconhecimento da intimidade com Deus. Destacaremos que por meio das ofertas pacíficas, ainda na Antiga Aliança, o povo de Israel podia ter intimidade com Deus. No Nova Aliança, podemos desfrutas dessa mesma paz, não apenas de Deus, mas também com Deus, que nos propiciou a reconciliação através de Jesus Cristo, por isso podemos oferecer a nós mesmos em sacrifício agradável ao Senhor.

1. AS OFERTAS PACÍFICAS
As ofertas pacíficas era expressão da voluntariedade (Lv. 7.12), por meio dessas o povo de Israel demonstrava gratidão a Deus, e expressava louvor pelos feitos do Senhor (Sl. 106.1). Havia diferentes tipos de ofertas pacíficas, a mais conhecida era a de Ação de graças, pela qual se oferecia bolos e coscorões ázimos amassados com aceite (v. 7.12-15). Também se ofereciam votos, os israelitas entregavam ofertas pacíficas, como manifestação de gratidão pelas providências divinas (Lv. 7.15,16). E por fim, a Oferta movida, que era entregue ao sacerdote, que aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar, queimando a gordura em seguida (Lv. 7.30). O principal objetivo das ofertas pacíficas era levar o ofertante a agradecer a Deus pelas grandes coisas que o Senhor havia feito. Além disso, era uma oportunidade para que o ofertante demonstrasse sua intimidade com Deus. Vários personagens da Antiga Aliança ofereceram ofertas pacíficas ao Senhor: Isaque – quando fugiu de Esaú, seu irmão, fazendo votos ao Senhor (Gn. 28.20,21); Ana – que se encontrava aflita por não ter filhos, por isso orou demonstrando disponibilidade de separar aquele que viesse a nascer, para o serviço do Senhor (I Sm. 1.11); e Davi – ao longo dos salmos, identificamos vários louvores de homem segundo o coração de Deus, que por meio dos seus cânticos expressa gratidão a Deus pelo que Ele é.

2. A PAZ DE DEUS E A PAZ COM DEUS
Podemos ter a paz DE Deus porque temos paz COM Deus, e essa foi uma iniciativa dEle que nos reconciliou por meio de Cristo (II Co. 5.18; Rm. 1.18; 5.9-11). Deus estava com Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (II Co. 5.19). Em Rm. 4.8, tratando do mesmo tema, Paulo cita Sl. 32.2, dizendo: “bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade”. Esse “todos”, no versículo 19, é um recurso estilístico, pois Paulo, em outras passagens, deixa implícito que os pecados dos incrédulos lhes serão imputados (Rm. 1.18-32; 2.5-11; Ef. 5.3-6; Cl. 3.5-6). Agora, reconciliados com Deus em Cristo, somos embaixadores em nome de Cristo, isto é, emissários de Deus em prol da reconciliação dos pecadores. Por esse motivo, rogamos a esses que se reconciliem com Deus (II Co. 5.20). O fundamento da reconciliação é a Pessoa de Cristo, que não conheceu pecado, mas se fez pecado por nós (Jô. 8.46; I Co. 5.21; Hb. 4.15; I Pe. 1.19; 2.22). Nele fomos feitos justiça de Deus, pois Jesus morreu em nosso lugar, portanto, a nós não mais é imputado pecado (Rm. 3.21-26; Fp. 3.7-9). Jesus se tornou maldição por nós (Dt. 21.23; Gl. 3.13), pagando inteiramente o preço da redenção (Cl. 2.14).

3. SACRIFÍCIO AGRADÁVEL
Por causa do ministério da reconciliação em Cristo, agora podemos oferecer nossos corpos como sacrifício agradável a Deus, sabendo que não somos de nós mesmos, pois fomos comprados por alto preço (I Co. 6.19,20). Por esse motivo Paulo admoesta os crentes a se apresentarem ao senhor com base na grande misericórdia de Deus como oferta voluntária (Rm. 12.1,2).  De modo que podemos viver em total consagração a Ele, sendo esse o sacrifício que O agrada, não mais o sangue de animais, como no Antigo Pacto (Hb. 13.15-19). Nossa oferta pacífica a Deus, no contexto da Nova Aliança, são sacrifícios espirituais (I Pe. 2.5), o que Paulo denomina de culto racional (Rm. 12.1,2). Não podemos mais nos conformar, ou seja, “entrar na fôrma” desse mundo. O mundo, aqui, é perverso ou mal (Gl. 1.4) e dominado por Satanás, o seu príncipe, que cega a mente dos incrédulos (II Co. 4.4). Não podemos mais compactuar com esse sistema anti-Deus que prevalece no presente século, haja visto que “as coisas antigas se passaram e eis que tudo se fez novo” (II Co. 5.17). Somos instruídos, portanto, a sermos transformados, literalmente, transfigurados (ver Mt. 17.2; II Co. 3.18), pela renovação da nossa mente. Essa renovação somente pode acontecer na medida em que passamos a pensar com a mente de Cristo, e não com a nossa natureza pecaminosa (II Co. 11.3; Ef. 1.18; I Co. 2.16). Assim, experimentaremos qual boa, agradável e perfeita é a vontade de Deus, não apenas para Ele, mas também para nós, assim, reconheceremos que não vale a pena pecar.

CONCLUSÃO
Reconhecemos que Deus fez coisas grandiosas por nós, muito mais do que merecemos, por isso, como diz o salmista: tomaremos o cálice da salvação e invocaremos o nome do Senhor (Sl. 116.3). Essa é uma expressão de gratidão e reconhecimento pelos feitos de Deus, e o mais importante que nossa oferta pacífica seja sempre uma oportunidade para desfrutar da presença de Deus, e desfrutar de genuína intimidade com Ele.

BIBLIOGRAFIA
TIDBALL, D. The message of Leviticus. Leicester: Interversity-Press, 2005.
WIERSBE, W. Be holy: Leviticus. Colorado Springs: David Cook, 2010.