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DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE REI



Texto Áureo: Mt. 24.42 – Leitura Bíblica: Mc. 25.1-13

INTRODUÇÃO
A parábola das dez virgens, ainda que seja uma das mais conhecidas, é também uma das mais mal interpretadas. Existe muita discussão entre os estudiosos a respeito do significado dessa narrativa. Na aula de hoje, estudaremos a respeito dessa parábola, ressaltando a importância do preparo, diante da iminente volta do Senhor Jesus Cristo. Essa parábola, conforme veremos no estudo, também tem relação com a religiosidade farisaica, que despreza o verdadeiro preparo para entrar no Reino de Deus.

1. DEZ VIRGENS, PRUDENTES E LOUCAS
Jesus contou a Parábola das Dez Virgens com o objetivo de ressaltar o preparo diante do Reino de Deus. Não podemos nos arriscar a buscar significados nos detalhes da parábola, arriscando-nos a fazer eisegese ao invés de exegese. É valido destacar, no contexto geral desse texto, que o Mestre tratava de um tema escatológico, o Reino do Céus. Essa mensagem tem relação com o Sermão Escatológico, proferido pelo Senhor no capítulo 24 de Mateus. Ele ressalta que dez virgens aguardavam o noivo, no cerimonial judaico do casamento, e que cinco estavam com azeite suficiente nas lamparinas, enquanto que cinco não se prepararam. O despreparo para o reino, no contexto geral dos ensinamentos de Jesus, sobretudo em suas parábolas, tem a ver com uma religiosidade aparente, que não se fundamenta na autenticidade da vida dedicada a Deus. O azeite das lamparinas, no contexto dessa parábola, diz respeito ao suprimento necessário, que nos conduz ao reino de Deus. Há possiblidade de relacioná-lo ao Espírito Santo, mas também a Palavra de Deus e a fé em Deus. O Noivo, conforme fica evidenciado na própria parábola, é o Senhor Jesus Cristo. Essa narrativa é uma demonstração do “já” e do “ainda não” na teologia do Reino, pois Jesus já veio e ainda virá, tendo sido já rejeitado em sua primeira vinda, como será também quando retornar. Há muitos que não levam a sério a mensagem do Senhor, desprezam seus ensinamentos, por isso serão pegos de surpresa.

2. O ARREBATAMENTO DA IGREJA
A igreja aguarda ser arrebatada para se encontra com o Senhor Jesus nos ares (I Ts. 4.13-18). Esse é um evento iminente, ou seja, que acontecerá a qualquer momento, sem sinais prévios. A esse respeito, é válido ressaltar que a doutrina do arrebatamento foi revelada com maior propriedade a Paulo (I Co. 15.51). Por esse motivo, encontramos várias passagens em suas epístolas que se referem a esse acontecimento. Para interpretar apropriadamente os textos que fazem referência ao arrebatamento é necessário distingui-lo da Segunda Vinda em glória, quando o Senhor virá para estabelecer seu reino milenial (Ap. 19). Nada impede que Jesus venha arrebatar Sua igreja a qualquer momento, nem mesmo que o evangelho seja pregado em todos os lugares, pois esse é o ensinamento paulino sobre o arrebatamento. Os crentes devem viver nessa expectativa, sabendo que a trombeta soará, e os mortos em Cristo ressuscitarem, e aqueles que estiverem vivos, serão transladados (I Ts. 4.13-18). Esse ensinamento era pregado com frequência nos anos que antecederam 2000, mas infelizmente algumas igrejas deixaram de acreditar no arrebatamento da igreja. Além disso, o materialismo, disseminado nas igrejas pela teologia da ganância, está fazendo com que os crentes percam o foco. A ênfase no temporal, em detrimento do eterno, está retirando dos púlpitos um assunto que é recorrente na teologia do Novo Testamento. Uma igreja compromissada com o Reino de Deus deve pregar e viver na expectativa escatológica, na convicção da vinda de Jesus para arrebatar Sua igreja, como Ele mesmo prometeu (Jo. 14.1).

3. AMANDO A VINDA DO SENHOR
Enquanto Jesus não vem para buscar Sua igreja, essa deve viver em santificação, produzindo o fruto do Espírito (Gl. 5.22). Paulo, em sua Epístola aos Tessalonicenses, admoesta os crentes para que esses sejam integralmente santos (corpo, alma e espírito), enquanto aguardam a Vinda do Senhor (I Ts. 5.23).  Mas por viverem em pecado, muitos crentes não conseguem amar a vinda de Jesus (II Tm. 4.8), e não têm a bendita esperança (Tt. 2.13). O arrebatamento para os crentes é tanto uma parousia (vinda) quanto uma epifaneia (manifestação). Essa revelação não deve ser motivo de medo, muito menos de pavor, mas de amor e esperança. Na medida em que o cristão trabalha em prol da expansão do Reino, sabe que a trombeta soará e que será levado para estar com Cristo. Esse viver na dimensão eterna traz gozo para o crente, pois esse sabe que a morte não é o fim, e mais que isso, que será transformado, recebendo um corpo glorioso (I Co. 15.54). O mundo vive sem essa esperança, e o resultado tem sido angústia e desespero, mas a igreja, que foi comprada pelo sangue de Cristo, aguarda a volta do seu Noivo (Ef. 5.26). A tribulação virá, dias trabalhosos sobrevirão sobre a terra, mas a igreja será preservada da ira vindoura (I Ts. 1.9,10). Uma igreja comprometida com a Palavra proclama que esse dia chegara, e que as pessoas precisam se arrepender dos seus pecados, e se voltar para Deus, para não ficarem na terra, sob o governo do Anticristo, e as calamidades do Apocalipse. Fazendo assim a igreja evitará o escapismo, tendência bastante comum em alguns círculos cristãos. Há evangélicos que celebram a volta de Cristo, mas fogem da realidade na qual estão inseridos. A vinda de Cristo para arrebatar a igreja deve ser um tema recorrente, mas não pode livrar o cristão da responsabilidade de difundir e viver a partir dos valores do Reino, enquanto permanecer na terra.

CONCLUSÃO
A igreja aguarda com expectativa, sobretudo com amor, a vinda de Cristo para arrebatar Sua igreja. Na verdade, essa é a bendita esperança, a respeito da qual escreveu Paulo em suas epístolas. Enquanto Jesus não vem, devemos viver em santificação, buscando nos assemelhar ao caráter de Cristo, algo que acontecerá plenamente por ocasião da glorificação (I Jo. 3.2). Enquanto esse dia não chega, devemos continuar fazendo a obra de Deus, e trabalhando em prol da expansão do Seu reino de Deus.

BIBLIOGRAFIA
KENDALL, R. T. The parables of Jesus. Grand Rapids: Chosen Books, 2004
INRIG, G. The parables of Jesus. Grand Rapids: Discovery House, 2005.