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PRECISAMOS DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL


Texto Áureo: Mt. 26.41 – Leitura Bíblica: Mc. 24.45-51

INTRODUÇÃO
Algumas parábolas de Jesus enfocam o tema da vigilância espiritual, e apontam para uma dimensão escatológica. Na aula de hoje estudaremos a respeito da Parábola dos Dois Servos. Inicialmente o Mestre trata sobre os falsos profetas, o esfriamento do amor, e segue sobre a Grande Tribulação, no contexto da profecia (Mt. 24). Ao estudar essa parábola, nos voltaremos para a importância de permanecer no centro da vontade de Deus, sobretudo nos dias maus.

1. UMA PARÁBOLA, DOIS SERVOS
Essa é mais uma parábola de contraste, por meio da qual Jesus destaca diferenças, principalmente em relação à falsa religiosidade, e aqueles que servem a Deus. Dois servos são postos em evidência, o primeiro é fiel e prudente, com zelo cuida dos afazeres da casa, tem convicção de que não passa de um despenseiro. Mas há outro servo, esse é infiel e imprudente, que tem ânsia pelo poder, e se compraz em fazer o mal. Ao receber a posição de liderança, este a utiliza de maneira abusiva, a fim de prevalecer sobre os demais servos (Mt. 24.48.49). Através dessa atitude esse servo mal revela seu verdadeiro caráter, e sua ânsia de prevalecer sobre os demais, usurpando a autoridade exclusiva do Seu Senhor. A conclusão de Jesus é a de que o primeiro servo foi promovido (v. 47), enquanto que o segundo foi lançado para fora da casa, tendo a mesma sorte dos infiéis (v. 51). As parábolas de Jesus precisam ser compreendidas no contexto da religiosidade farisaica, e da pretensão dos legalistas do seu tempo. Os servos maus eram os fariseus e doutores da lei, que ao invés de mostrar o caminho do reino, dificultavam o acesso a esse, colocando sobre as pessoas cargas pesadas que eles mesmos não eram capazes de carregar (Mt. 23). A expressão hipócrita, no contexto dessa passagem, aponta na direção dessa religiosidade sem vida, cujo fim último é apenas o de satisfação pessoal (Cl. 2.21).

2. VIGILANTES, NA ESPERA DO REINO
Os servos de Deus devem permanecer vigilantes em relação à vinda do Reino de Deus, e esse já está no meio de nós, ainda que não seja pleno. Não podemos perder a dimensão escatológica de vista, o interesse nas coisas deste mundo está cegando espiritualmente muitos cristãos. A próprio religião pode nos distanciar do Reino de Deus, há líderes religiosos que se embriagaram com seus cargos, servem apenas suas posições eclesiásticas, estão distantes da vontade de Deus. Alguns deles utilizam seus cargos a fim de abusar espiritualmente das pessoas, impondo sobre elas padrões e regras que eles mesmo não seguem. Paulo também teve que lidar com esse tipo de religiosidade quando escreveu sua Epístola ao Gálatas. Alguns crentes daquela cidade, incitados pelos falsos mestres judaizantes, abandonaram o verdadeiro evangelho, substituindo por um outro, totalmente diferente daquele ensinado por Jesus (Gl. 1.8-9). O abuso do poder religioso tem causado sérios danos, inclusive no contexto das igrejas evangélicas. Em nome de Deus, muitas pessoas estão sendo feridas, ovelhas que gemem, maltratadas pelos seus “pastores”. Quando a religião enfoca apenas a dimensão material, perde a visão do Reino de Deus, torna-se apenas uma engrenagem, põe em evidências as coisas e esquece das pessoas. Os cristãos precisam reconhecer que não passam de servos, a liderança evangélica também deve saber que não é dona do rebanho (At. 20.28; I Co. 4.1,2;  I Pe. 5.2).

3. PREPARADO PARA SUA VINDA
Jesus voltará em breve, essa é uma verdade bíblica, que muitas igrejas não consideram mais. Certo pastor destacou que antigamente a expressão JESUS VEM BREVE era bastante comum nos púlpitos das igrejas evangélicas. Mas aos poucos resolveram colocar apenas JESUS VEM, e nesses últimos dias, escrevem apenas JESUS. Infelizmente, em algumas igrejas evangélicas, nem mesmo o nome de JESUS está presente. Evidentemente, não podemos avaliar o compromisso de uma igreja com Jesus pela presença ou ausência de uma expressão. Mas essa metáfora nos ajuda a refletir sobre a expectativa escatológica da igreja. Precisamos manter a vigilância espiritual, compreender que Jesus virá, por isso devemos viver debaixo dessa verdade. Não sabemos QUANDO Ele virá, mas sabemos COMO devemos viver. Como o servo prudente da parábola, quando Cristo voltar devemos ser achados “servindo assim” (v.46). Aqueles que não estão preparados, que não consideram a realidade do Reino, serão surpreendidos, de modo que o “Dia do Senhor virá como ladrão de noite” (I Ts. 5.2). Sejamos, portanto, cautelosos, cientes da nossa missão, enquanto despenseiros (I Pe. 4.10). A santificação deve ser o alvo na vida de todo cristão, considerando que ninguém verá o Senhor, a menos que esteja consagrado a Deus (Hb. 12.14). E que sejamos bons mordomos, administradores fieis do que não é nosso (I Pe. 5.2), principalmente nesses tempos trabalhosos (II Tm. 3.1-5).

CONCLUSÃO
A mensagem de Jesus foi enfática: “eis que cedo venho, guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap. 3.11). Devemos, portanto, permanecer vigilantes, na expectativa do Vinda do Senhor. Caso contrário, como o servo mau da parábola, seremos envergonhados, por desconsiderar a expressas orientações do Senhor. Saibamos, a todo tempo, que não passamos de despenseiros, e que haveremos de prestar contas do que recebemos dAquele que nos comissionou para Sua obra.

BIBLIOGRAFIA
KENDALL, R. T. The parables of Jesus. Grand Rapids: Chosen Books, 2004
INRIG, G. The parables of Jesus. Grand Rapids: Discovery House, 2005.