Texto: Mt. 16.18 – At. 4.1-4
Objetivo: Mostrar como as perseguições tem sido usadas por Satanás para arrefecer a força da igreja, a qual, tem prevalecido contras suas hostes.
Objetivo: Mostrar como as perseguições tem sido usadas por Satanás para arrefecer a força da igreja, a qual, tem prevalecido contras suas hostes.
INTRODUÇÃO: A palavra perseguição, etmologicamente, vem do latim: per – através, e sequi – seguir. O sentido específico aponta para o ato de ser seguido por algo que cause opressão sistemática. Tal opressão pode se dar de várias maneiras, seja por meios religiosos, teológicos, legais, políticos e/ou culturais, haja vista que esses elementos costuma atuar de modo integrado a fim de que os perseguidos não encontrem escapatória. Para os cristãos, a perseguição faz parte da caminhada, já que Cristo nos advertiu nesse sentido (Mt. 5.11,12; Lc. 11.48,51; 21.12; Mc. 4.17; Jo. 15.20). Estevão, um dos primeiros mártires da Era Cristã, sentiu na pele o peso da perseguição (At. 7.52), mas não apenas ele, a igreja primitiva pagou um alto preço por seguir a Jesus (Hb. 11.38; I Jo. 3.12), basta ler as histórias dos mártires do Coliseu para constatar. Paulo é um caso especial de alguém que perseguiu e depois passou a ser perseguido (At. 9.1-9; Fp. 3.6; I Co. 15.32; II Co. 11.23). No Apocalipse, a igreja de Esmirna, tipifica a igreja perseguida e vitoriosa (Ap. 2.9,13).
1. PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA: A religião é um instrumento poderoso de perseguição. Jesus foi alvo de intensos ataques dos religiosos de sua época (Jo. 5.16). A perseguição religiosa é perigosa porque ela se manifesta debaixo da pretensa autoridade de que age em nome de Deus. As autoridades católicas e protestantes, ao longo da história, estabeleceram inquisições a fim de julgar e punir todos aqueles que, literalmente, “rezavam fora de suas cartilhas”. A religião se acha detentora de verdade, e, com base em “sua” verdade, persegue a todos aqueles que a ela se opõem. É nesse contexto que, aqueles que seguem a Cristo, que é a Verdade (Jo. 14.6), são vítimas das intensas perseguições religiosas.
2. PERSEGUIÇÃO TEOLÓGICA: O estudo teológico nada tem de negativo, muito pelo contrário, é importante que as igrejas, nos dias atuais, diante de tantas perversões do evangelho, motivem os membros de suas igrejas a freqüentarem a Escola Bíblica como também cursos teológicos nos quais o estudo da Bíblia seja prioritário. Infelizmente, algumas vertentes teológicas não incorparam com a ortodoxia do evangelho, e pior, perseguem aqueles que adotam um posicionamento diferenciado. Na atualidade, destacamos três visões teológicas que tem ampla predominância no contexto teológico cristão, e, por isso, perseguem aos que as contestam: 1) o tradicionalismo – põe as tradições humanos acima da Bíblia; 2) o liberalismo – põe a razão humana acima da Bíblia, e 3) o fundamentalismo – interpreta a Bíblia ao pé da letra, sem levar em conta o contexto e sua revelação evangélica geral e sobrenatural (Gl. 1.9; II Tm. 3.16).
3. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA: Para refletir a respeito de como acontece a perseguição político-religiosa, basta lembrar da união entre Caifás e Pilátos na execução de Cristo (Jo. 19.7). Pilatos queriam se manter no poder, e, para isso, sabia que não poderia desagradar a religião judaica. Por isso, mesmo com o apelo de sua esposa (Mt. 27.19), Pilatos determinou que Jesus fosse crucificado (Jo. 19.6). A política, debaixo da influência da religião, mesmo na democracia, persegue intensamente aqueles que escutam a Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Uma das formas que isso acontece é através da mídia, e não por acaso, os políticos são os principais detentores dos meios de comunicação de massa, os quais servem aos interesses de perpetuação do poder, sempre em consonância com a religião. A saída para a igreja perseguida pela política é buscar o poder do Espírito Santo que vem do alto (Lc. 24.49; At. 1.8; 4.33).
4. PERSEGUIÇÃO LEGAL: Como adiantamos acima, a democracia é estabelecida e mantida por meio dos interesses do povo. Sabendo disso, os políticos controlam a opinião pública por meio da mídia de modo que, paulatinamente, a cosmovisão cristã seja substituída por uma anti-cristã. Quando as pessoas acatam, com naturalidade, práticas distantes dos padrões cristãos, chamando o certo de errado e o errado de certo (Is. 5.20), e agindo como acham que é certo (Jz. 21.25), então, os políticos, com a aprovação do povo, trata logo de mudar as leis. É preciso, portanto, que os cristãos, enquanto cidadãos que têm dupla cidadania, tenham o cuidado necessário na escolha dos seus representantes. E, caso alguma lei de oponha à verdade do evangelho, façamos como os apóstolos da igreja primitiva, ouçamos, antes, a Deus do que aos homens (At. 5.29).
5. PERSEGUIÇÃO CULTURAL: O termo “cultura” pode ser definido como o conjunto das realizações de uma sociedade, envolvendo, assim, a língua, a alimentação, as vestimentas, as festas, a religião, etc. (Assim define o meu grande amigo Presbítero, Teologo Dr. Cleber Couto da cidade de Conceição do Coité). Ela é, predominantemente, humana, isto é, resultante das construções sociais. Como o homem caiu, e se encontra distanciado de Deus (Rm. 3.23), há uma tendência para que sua produção cultural se oponha à verdade de Deus (Rm. 1.18). Na prática, a literatura, o cinema, as novelas e a música persegue os valores cristãos se oponde fortemente a eles. É preciso sabermos que por trás de todas essas produções artísticas está uma visão de mundo que faz apologia ao prazer sem limites, à vida distante do Criador, a ostentação dos bens materiais, entre outros. A mídia se encarrega de estabelecer e sustentar a cultura humana em oposição a verdade divina.
CONCLUSÃO: A igreja passará por perseguições enquanto estiver na terra, afinal, como bem ressaltou o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem Timóteo: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (II Tm. 3.12). Mas não devemos temê-las, cientes de que as venceremos pela fé em Cristo (I Jo. 5.4). Temos, também, a certeza dAquele que está conosco, de que as portas do infernos não resistirão a força de Sua igreja (Mt. 16.18). PENSE NISSO!