SISTEMA DE RÁDIO

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* A SAÚDE FÍSICA E MENTAL


Texto: III Jo. v.2 – Gn. 2.16,17; 6.3; Sl. 90.10

Objetivo: Refletir a respeito da importância de uma saúde integral, que envolva corpo, alma e espírito.


INTRODUÇÃO: O homem pós-moderno, devido ao seu estilo de vida, não tem sabido lidar com o corpo, a alma e o espírito. Aprenderemos a respeito do conceito de saúde na Bíblia, destacando seu aspecto integrativo, que envolve o físico, o mental e o espiritual.


1. A SAÚDE NA BÍBLIA: No Antigo Testamento, a palavra saúde, que se encontra, primariamente, em Pv. 4.22 e Jr. 8.15 é marpe. A saúde, na cultura judaica, é proveniente de Deus, já que Ele é aquele que tanto aflige quanto cura as doenças ou catástrofes, as quais não podem ser curadas sem Sua intervenção (Dt. 32.39). No Novo Testamento, a palavra que se encontra em III Jo v. 2, é hugiaino, cujo sentido primordial transcende à saúde meramente física, já que seu sentido, aponta para a condição de “estar bem”, tanto mental quanto espiritual. Essa condição fora profetizada por Isaias, quando se referiu à vinda do Messias, em Is. 53.4-6 e cumprida em Cristo (Mt. 8.17): 1) o versículo 4 trata da saúde física – pelas suas pisaduras fomos sarados; 2) o versículo 5 da saúde mental – o castigo que nos traz a paz estava sobre ele; e 3) o versículo 6 trata da saúde espiritual – ele foi moído pelas nossas iniqüidades.


2. SAÚDE CORPORAL-MENTAL-ESPIRITUAL:
2.1 A saúde do corpo: O corpo, ao contrário do que defendem alguns crentes, nada tem de mal, na verdade, ele é o templo e morada do Espírito Santo (I Co. 6.19). Portanto, deve ser ter seus cuidados especiais, os quais são inferidos, ainda que indiretamente, na declaração de Paulo, em Ef. 5.29. Para a saúde do corpo, é interessante que se tenha uma alimentação equilibrada. Devemos, para esse fim, ouvir alguns conselhos médicos, afinal, o próprio Jesus os recomendou (Mt. 9.12). A prática de exercícios regulares é fundamental para se ter uma vida saudável. Em I Tm. 4.8 Paulo diz que o exercício corporal para pouco é proveitoso, mas, no contexto, ele está comparando-o com o exercício espiritual. Mesmo assim, não deixa de reconhecer que tem algum proveito, e hoje, sabemos que, de fato, para o corpo, tem muito proveito. A alimentação deve ser a mais variada possível, evitando, de preferência, o excesso de gordura animal, e priorizando as variedades de verduras e frutas. É uma pena que o feijão e arroz, anteriormente tão digerido, e que atualmente se sabe, faz muito bem para a saúde, esteja sendo substituído de nossas mesas pelos fast-foods, ricos em gorduras hidrogenadas (transaturadas) e os sucos naturais por refrigerantes que causam males à saúde. Mesmo com todos os cuidados, não se pode negar que, por vivermos em um mundo decaído, não estamos imunes as doenças, nesses casos, não podemos dispensar os cuidados médicos, ao mesmo tempo em que confiamos, a Deus, à cura, ciente de que Ele é soberano e cura como e quando quer. A cura, quando acontece, antecipa o aspecto escatológico da ressurreição, haja vista que chegará o dia em que os corpos daqueles que estão em Cristo serão, definitivamente, glorificados (I Co. 15.50-58).


2.2 A saúde da mente: Jesus nos prometeu uma paz que o mundo não conhece, e está à inteira disposição dos crentes (Jo. 14.27). Essa paz nos é apresentada, por Paulo, em Gl. 5.22, como um dos aspectos do fruto do Espírito. Por isso, o Apóstolo recomenda, aos crentes, que “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp. 4.7), bem como que “a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl. 3.15). A vida moderna, repleta de responsabilidades e exigências, tem contribuído substancialmente para que perdamos essa paz tão valiosa. Devido a competitividade exacerbada, são muitos os que, na busca por acumular riquezas e obter sucesso profissional a qualquer custo, acabam em estresse e depressão. Mas as condições sociais também contribuem para que isso aconteça. A insegurança nos grandes centros urbanos tem fomentado a síndrome do pânico e outras desordens mentais. A solução, para o cristão, é, com o cuidado de não ser levado a outro extremo, o do comodismo, buscar uma vida de simplicidade, sem se deixar levar pelas cobranças descabidas que nos são impostas por uma sociedade alimentada pelo consumismo e pela aparência, certos de que Deus, em Cristo, supre nossas necessidades (Mt. 6.23-34; Fp. 4.19), portanto, aprendamos a viver contentes (I Tm. 6.6), sabendo viver, tanto na abundância quanto na escassez (Fp. 4.11-13).


2.3 A saúde do espírito: Para ter saúde espiritual, o primeiro passo é o novo nascimento (Jo. 3.3), pois é por meio deste que nos tornamos, verdadeiramente, filhos de Deus (Jo. 1.12; I Jo. 3.1) e passamos a ter paz com Deus, por meio de Cristo (Ef. 2.14-17). A menos que tenhamos experimentado esse nascimento “de cima”, estaremos sempre distanciados de Deus (Rm. 3.23), portanto, espiritualmente enfermos. Depois desse nascimento, podemos, através da prática da presença de Deus, especialmente através da meditação nas Escrituras e da oração, desfrutar de plena saúde espiritual. Mas é preciso ter em mente que Deus é Espírito (Jo. 4.24), assim, para que possamos ter contato com Ele, devemos andar no Espírito (Jo. 4.24), produzindo o Seu fruto (Gl. 5.22), para que não nos entreguemos às concupiscências da carne (Gl. 5.16). Essa experiência diária é consolidada na medida em que o cristão se entrega o controle de sua vida ao Espírito Santo. A observância legalista de regras exteriores impostas não podem, ao invés de contribuir, agravar as doenças espirituais, incentivando às atitudes hipócritas (Mt. 23.28; Tg. 3.17). Por isso, o arrependimento e a confissão de pecados é condição necessária para a saúde espiritual (Pv. 28.13). Um antigo hino cristão (HC 77) resume bem o segredo da plena saúde espiritual: “Guarda o contacto com teu Salvador, e a nuvem do mal não te cobrirá; pela senda alegre, tu caminharás, indo em contacto com teu Salvador”.


CONCLUSÃO: Todos nós desejamos ter saúde física, psicológica e espiritual. E essas, na verdade, estão intrinsecamente interligadas, é possível separá-las apenas para efeitos didáticos. Isso, porém, não quer dizer que o cristão não possa ter doenças por ter crido em Cristo. É interessante reconhecer que estamos em um mundo que aguarda a plena redenção (Rm. 8.22). Por isso, é possível que sejamos alcançados, como as demais pessoas, por enfermidades (II Co. 12.7) e tenhamos que, também, tomar remédios (I Tm. 5.23). Além disso, sabemos também que é possível que, em alguns casos, como o de Jó (Jó. 2.6), Deus tenha um plano soberano da vida de algumas pessoas, por isso, elas passam por enfermidades. Mas, em geral, o caminho é o da saúde integral do corpo, da alma e do espírito. Ela é integral, mas não completa, pois esta só se dera por ocasião da glorificação quando, finalmente, seremos como Ele é (I Jo. 3.2). PENES NISSO!