Objetivo: Mostrar o valor do zelo missionário, exemplificado no ministério do apóstolo Paulo, o qual, não mediu esforços para levar muitos a Cristo.
INTRODUÇÃO: Fazer discípulos é uma das missões fundamentais da igreja (Mt. 28.19), mas para isso, precisamos sair das quatro paredes a fim de alcançar toda criatura para Cristo (Mc. 16.15). Neste Estudo, veremos como Paulo, em seu zelo missionário, obteve bom êxito em tal empreitada.
1. DEFININDO OS TERMOS: A palavra “missão” vem do latim “missio”, cujo sentido primário, remete ao ato de ser enviado por alguém. Na verdade, a igreja foi enviada ao trabalho missionário, por Cristo. A partir da análise comparada dos textos bíblicos da Ùltima Comissão de Cristo aos seus discípulos, podemos extrair alguns fundamentos para o trabalho missionário: a meta principal da missão é fazer discípulos para que sigam os passos de Cristo (Mt. 28.19). O alcance deve ser expansivo, não pode se restringir à localidade, a fim de que toda a criatura ouça o evangelho (Mc. 16.15). A mensagem que deva ser pregada é a do arrependimento e da remissão de pecados por meio do sacrifício vicário de Cristo (Lc. 24.47). O modelo missionário primordial a ser seguido é o de Cristo (Jo. 21.21), e, também, o de Paulo (I Co. 11.1), os quais, não mediram esforços para que os perdidos fossem salvos. Não devemos depender apenas dos dotes materiais, é fundamental que o façamos no poder do Espírito Santo (At. 1.8). Além disso, é preciso atentar para o zelo que é necessário à obra missionário. Quando falamos em zelo, sigamos o exemplo de Cristo, em seu cuidado pela Casa do Pai (Jo. 2.17) bem como no de Paulo por Deus (Rm. 10.2 Fp. 3.6) e pelos obreiros (II Co. 7.7,11) bem como pelos santos em suas necessidades (II Co. 9.2), ou pelos crentes de modo geral (II Co. 11.2).
2. PAULO, DE PERSEGUIDOR A MISSIONÁRIO: O nome Paulo significa “pequeno”, o qual, anteriormente foi chamado de Saulo. Nasceu em Tarso, na Cilícia, costa sul da atual Turquia (At. 9.11; 21.39; 22.3). Segundo seu próprio relato, era descendente de uma família hebraica tradicional (II Tm. 1.3; Fp. 3.5; II Co. 11.22; Gl. 1.14). Estudou, ainda jovem, na escola rabínica “aos pés de Gamaliel” (At. 22.3). Paulo era cidadão romano e conhecedor da cultura da época (Fp. 3.5), da qual se aproveitou em algumas de suas viagens missionárias (At. 22.26-29). Quando ainda se chamava Saulo, e ainda ligado aos fariseus, Paulo perseguiu os discípulos de Jesus (At. 9.1,2). Mas, enquanto se dirigia a Tarso, o Senhor o encontrou (At. 9.3-8). Esse encontro de Paulo com Cristo, marcou consideravelmente sua atuação missionária (At. 22.4-10; Gl. 1.13-15; Fl. 3.7; I Tm. 1.13,14).
3. O ZELO DE PAULO NA OBRA MISSIONÁRIA: Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9.26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9.30) e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11.19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (At 13-20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21.17-23.35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (At 24-26}. Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27-28); Ali escreveu as epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e Filemon. Nessas e nas demais epístolas que escreveu, fica evidenciado o zelo missionário desse apóstolo de Cristo: 1) no trabalho das mulheres cristãs (I Tm. 2.9-15); 2) na ordem na igreja (I Co. 11,12,13; Tt. 1.10-14; e 3); no trato com os jovens e líderes (II Tm. 2.1-8,15, 16, 22, 23, 3.14; 4.2,5,6,11; Cl. 4.10); e 4) no respeito pelo ser humano, principalmente em situações difíceis (At. 27). Diz a tradição que foi libertado e realizou trabalhos missionários por mais 3 anos mas fora preso novamente e executado em Roma, provavelmente decapitado em 67 d.C., no tempo em que Nero era o imperador.
4. LIÇÃO A PARTIR DE PAULO PARA AS MISSÕES: A partir do trabalho missionário desenvolvido por Paulo, podemos extrair algumas outras lições importantes, dentre elas, destacamos: 1) o missionário tem consciência do chamado divino para edificar igrejas (Rm. 15.20; 11.23; I Co. 3.10; Ef. 4.12); 2) Paulo sabia que a edificação de igrejas se daria por meio da proclamação da Palavra com poder (At. 17.2,3; Rm. 10.13-18; I Co. 2.1-4; II Tm. 2.15); 3) depois da igreja edificada, Paulo voltava para dar o apoio necessário para a consolidação doutrinária das igrejas (At. 14.21-23; 15.36; 16.4-5; 18.23), quando isso não era possível, escrevia cartas. Com o ministério missionário de Paulo, precisamos saber que missões é uma tarefa séria, que não pode ser confundida com turismo. O missionário precisa ter convicção de sua chamada divina, manusear bem a Palavra, e acima de qualquer outra coisa, ter amor pelas almas distanciadas de Deus (Jo. 3.16; I Jo. 3.16).
CONCLUSÃO: Quando lemos o livro de Atos, e acompanhamos o trajeto de Paulo em suas viagens missionárias, somos inspirados pelo seu zelo, expressão nítida de amor pelas almas. Numa época de comodismo extremos, que o exemplo de Paulo, sua atuação autêntica e dinâmica, dirigida pelo Espírito Santo, sirva de provocação espiritual para investimos no trabalho missionário (At. 20.21-38). PENSE NISSO!