Textos: Fp. 2.15 – Gn. 6.1-12
Objetivo: Mostrar que o cristão, seguindo os passos de homens como Noé, mas principalmente do Senhor Jesus, deve ser exemplo de justiça e incorruptibilidade.
INTRODUÇÃO: A sociedade atual não se distingue, em injustiça e corrupção, daquela dos tempos de Noé. Jesus alerta, para que não sejamos surpreendidos e julgados, por Deus, como aconteceu nos tempos daquele patriarca (Mt. 24.37-39). Na lição de hoje, estudaremos o significado bíblico de justiça e incorruptibilidade, em seguida, veremos essas características na vida de Noé, e, por fim, o desafio cristão para viver em justiça e incorruptibilidade.
1. NOÉ, UM HOMEM JUSTO E INCORRUPTÍVEL: Noé significa “repouso”, e, na verdade, foi isso que esse ilustre homem de Deus se propôs a ser em meio a uma geração corrupta. Sua história se encontra nos capítulo de 6 a 10 de Gênesis, a partir dos quais, sabemos que fora neto de Matusalém e o décimo descente em ordem de Adão, da genealogia de Sete (Gn. 5.1-29) e que teve três filhos (Gn. 5.32). O escritor sacro destaca que Noé, no contexto pecaminoso em que viveu, encontrou graça diante do Senhor (Gn. 6.8), tendo uma justiça considerável (Ez. 14.14). Ele, seus filhos e noras entraram na arca, que flutuou sobre as águas pelo espaço de 150 dias, antes de pousar no monte Ararate (Gn. 7 e 8). Depois disso, Deus fez uma aliança com Noé (Gn. 9.1), confirmando, assim, a sua graça. Isso quer dizer que Noé tenha sido perfeito (Gn. 9.20,21), mas que a sua justiça excedia em muito a dos seus contemporâneos. Morreu com 950 anos de idade (Gn. 9.29). Seu exemplo é várias vezes retomado no Novo Testamento (Mt. 24.37; Lc. 17.26; Hb. 11.7; I Pe. 3.20; II Pe. 2.5). Da sua vida e caráter, é possível extrair algumas lições: 1) Deus é fiel para com os que lhe obedecem (Gn. 6.22); 2) Deus não nos protege sempre do problema, mas cuida de nós a despeito do problema; 3) a obediência é um compromisso em longo prazo; 4) o homem pode ser fiel, mas sua natureza pecaminosa sempre o acompanha.
2. JUSTIÇA E INCORRUPÇÃO NA VIDA CRISTÃ: Jesus disse que a nossa justiça deveria exceder a dos escribas e fariseus (Mt.5.20). Com tal declaração, o Mestre contrasta a justiça meramente formal dos religiosos de sua época, com a justiça interior, produzida pelo Espírito (Gl. 5.22; Rm. 2.28,29; Fp. 3.3). É pelo Espírito de Deus que podemos cultivar tal nível de justiça e incorruptibilidade (Zc. 4.6). Por meio dEle, teremos fome e sede de justiça (Mt. 5.6), suportaremos as perseguições com alegria (Mt. 5.10). A justiça cristão, nesse sentido, não tem base unicamente moral, mas também, espiritual. É no contato contínuo com o Espírito, que nos privamos da contaminação do pecado (Gl. 5.16; Cl. 2.6), que não nos deixamos levar pela corrupção que campeia no mundo pagão (I Jo. 2.15). Essa justiça e incorruptibilidade, no cristão, não dizem respeito somente à separação do mundo, envolve, também, a prática de atos de justiça (Mt. 5.16; Ef. 2.10; Tg. 2.17,18). É necessário, portanto, que os cristãos sejam exemplo, e que lutem por mais justiça e incorruptibilidade (Tg. 5.4).
CONCLUSÃO: Dizem que o brasileiro cultiva a cultura da corrupção e da injustiça. Pelo que estudamos nesta lição, o famoso “jeitinho brasileiro” não é exclusividade pátria. É de bom alvitre lembrar que todos pecaram (Rm. 3.23) e não há um só homem que não peque (II Cr. 6.36). O cristão, porém, não pode agir em conformidade com o mundo (Rm. 12.1,2), suas obras na podem se coadunar com as do deus deste século (II Co. 4.4). Portanto, porque a prática secular é a da corrupção e da injustiça, não devemos pactuar com elas, como se fossem normais (Cl. 3.1; Rm. 6.4), pois a justiça do reino deva sempre ter a primazia (Mt. 6.33; Fp. 3.20). PENSE NISSO!