Textos: Jz.19 – Jz. 4.4,6-9; 5.1,7
Objetivo: Mostrar que Deus usa quem Ele quer, lhe dando força e coragem para enfrentar as oposições.
Objetivo: Mostrar que Deus usa quem Ele quer, lhe dando força e coragem para enfrentar as oposições.
INTRODUÇÃO: Estudaremos a respeito da coragem, retratada na vida de uma mulher, a qual Deus levantou, com vistas a levar Seu propósito adiante. Inicialmente, veremos o papel da mulher no contexto bíblico, em seguida, como Deus usou Débora, uma mulher corajosa. Por fim, veremos que a coragem daquela mulher revela uma virtude que deva ser cultivada por todos os cristãos.
1. MULHERES DE DEUS: A Bíblia está repleta de exemplos de mulheres que foram usados por Deus. Dentre elas, destacamos: 1) Miriam, uma profetiza que, juntamente com seus irmãos Moisés e Arão, liderou o povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto; 2) Abigail (I Sm. 25), que veio a se tornar uma esposa de Davi, a qual agiu sabiamente contra as palavras insensatas de Nabal, seu esposo; 3) Éster (Et. 4.16) que, por meio de uma atitude altruísta, foi usada por Deus para preservar o povo de Israel; 4) Hulda (II Rs. 22.14), uma profetiza que serviu de instrumento nas mãos de Deus; 5) Maria Madalena (Mt. 28.1-10; Mc. 16.9) que fazia parte do círculo íntimo de Jesus e foi uma das primeiras pessoas a vê-lo ressuscitado; 6) Marta e Maria (Lc. 10.38-42) que foram amigas íntimas de Jesus e aprenderam a valorizar seus ensinos; 7) Priscila (At. 18), a esposa de Áquila, que atuava na área do ensino, sendo, inclusive, citada antes do nome de seu esposo no livro de Atos; 8) Febe (Rm. 16.1) era reconhecida por Paulo como cooperadora tanto da igreja quando do seu próprio ministério; e 9) Junias (Rm. 16.7), apontada, por Paulo, como digna de destaque entre os apóstolos.
2. DÉBORA, UMA MULHER DE CORAGEM: Débora, cujo nome significa “abelha”, viveu em cerca de 1.120 a. C., foi uma profetiza (Jz. 4.6; 5.7) de Israel que, também, veio a se tornar juíza. Era esposa de Lepidote, e julgou Israel em parceria com Baraque (Jz. 4.4). Isso veio a acontecer quando os israelitas abandonaram ao Senhor e este os entregou nas mãos de Jabim, rei dos cananeus. Após a vitória sobre seus inimigos, Débora compôs um cântico, o qual se encontra em Jz. 5.2-31. Sendo usado pelo Senhor, e através dos seus atos de coragem, Débora garantiu quarenta anos de paz ao povo de Israel (Jz. 5.31). A atuação de Débora, como juíza, aconteceu em parceria com Baraque, cujos resultados são listados na galeria dos heróis da fé de Hb. 11.32. É interessante, porém, observar que Baraque somente se dispôs a pelejar por Israel caso Débora estivesse ao seu lado. Isso demonstra o quando sua coragem era digna de destaque, e, certamente, influenciou, em muito, para que o povo vencesse os inimigos de Deus. A suas palavras de coragem, em Jz. 4.6,7, foram fundamentais para motivar Baraque a ir adiante e conquistar a vitória.
3. CORAGEM, UMA VIRTUDE CRISTÃ: A coragem é uma virtude fundamental à fé cristã, em I Jo. 4.18, está escrito que não fomos chamados para o medo, mas para o amor. Consoante a essa idéia, a palavra coragem, no Novo Testamento, remete ao verbo “tolmao”, que contem um elemento de ousadia, de um ato que se coloca acima do medo (Mc. 12.34; 15.43; At. 7.32; Rm. 5.7; II Co. 11.21; Fp. 1.14). Também, a palavra “tharréo” denota confiança e esperança em Deus (II Co. 5.6,8; Hb. 13.6). Uma outra palavra “parrésia” mostra a coragem dos primeiros cristãos. Essa coragem era manifestada na ousadia com que eles proclamavam o evangelho de Cristo. Na verdade, a coragem dos discípulos remete o exemplo do Mestre (Jo. 7.26; Mc. 8.32; Jo. 11.14). Em várias ocasiões, os apóstolos mostraram-se corajosos perante seus oponentes (At. 4.13,29; 9.27; 13.46; 14.3; 28.31). O apóstolo Paulo testemunha de sua própria coragem ao pregar e ensinar o evangelho (I Ts. 2.2; II Co. 3.12; Fm. 8; Ef. 6.19).
CONCLUSÃO: As mulheres sempre tiveram papel central no ministério de Jesus (Mc. 16.9; Jo. 20.11-18;), de certo modo, a importância que o Senhor as deu foge aos padrões comumente aceitos para aquela época. Paulo parece ter uma preocupação mais específica com a adequação do papel da mulher aos contextos locais (I Tm. 3.1-7; I Tm. 2.11-15; I Co. 14.26-40). Em todo o caso, constatamos que, ontem e hoje, Deus continuar a levantar mulheres corajosas, como Débora, para cumprir seus propósitos e servirem de exemplo, tanto para os homens quanto para as mulheres atuais. PENSE NISSO!