Textos: Js. 5.9 – Js. 4.1-3; 5.2,3; 10-12
OBJETIVO: Mostrar que o Senhor nos ensina preciosas lições espirituais através das muitas experiências que nos faz passar com Ele e nos direciona a firmar nossa fé em Seus feitos, e a celebrá-los. Uma dessas celebrações é a Ceia do Senhor, um marco em memória da morte e ressurreição de Cristo.
INTRODUÇÃO: Após a travessia do rio Jordão, Israel passou por uma experiência marcante e que contribui significativamente para seu relacionamento com o Senhor. No estudo desta semana, veremos como aquele povo celebrou os feitos de Deus em Gilgal e renovou seu pacto com Ele. Em seguida, meditaremos a respeito da importância do memorial de pedras para os israelitas como símbolo da providência divina. Por fim, aludiremos à Santa Ceia, o memorial cristão, ordenado pelo Senhor em memória de Sua morte e ressurreição.
1. ISRAEL EM GILGAL: Entre o rio Jordão e a fortaleza de Jericó, ficava a cidade de Gilgal. Naquele povoado, Israel acampou logo após a travessia do rio Jordão. Aquela fora um lugar estratégico onde Josué definiu as operações militares para a conquista de Canaã (Dt. 3.18). Gilgal ficou reconhecida como o lugar da renovação espiritual do povo de Israel em relação ao pacto inicial estabelecido entre Deus e Abraão (Gn. 17.23-27). A circuncisão dos filhos de Israel – prática ali reafirmada -reavivou o pacto de modo que por meio dessa prática externa, a promessa foi consolidada diante de todo o povo (Js. 5.2). Além da circuncisão, a celebração da páscoa relembrou a libertação dos israelitas do julgo egípcio (Ex. 12.1-2). Em seguida, o povo, em Gilgal, comeu o fruto da terra, o maná concedido pela bondade e misericórdia de Deus. Deus se revelou ao povo através de palavras e visões (Js. 5.13-14). O Deus que se revelou naqueles tempos, de muitas maneiras (Hb. 1.1), continua o mesmo, Ele ainda nos fala em sua Palavra Escrita (II Tm. 2.15,16) e por profecias, para edificação, consolação e exortação da igreja (I Co. 12.10), essa, contudo, precisam estar em acordo com a Palavra de Deus (I Co. 14.19)
2. O MEMORIAL DE PEDRAS: Após a travessia do rio Jordão, Deus orienta que um monte com 12 pedras seja levando com pedras retiradas do leito do rio (Js. 4.1-5). Aquela memória, serviria de testemunho, um símbolo visível que possibilitaria, às futuras gerações, a percepção das maravilhas realizadas por Deus em favor do povo de Israel. Assim, “Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos dizendo: Israel passou em seco este Jordão” (Js. 4.21). É uma triste realidade que o esquecimento seja algo tão comum entre os seres humanos. Pior ainda, muitas vezes nos lembramos do superficial e esquecemos o que deva ter proeminência. Por isso, o memorial sempre teve um significado nas celebrações judaicas, lembramos, por exemplo, da Páscoa, festa na qual os hebreus comemoravam a libertação do Egito, em que Deus os tirou do jugo do Faraó. O objetivo era destacar o poder de Deus em sua intervenção histórica a fim de que todas as vezes que os israelitas olhassem para aquele monumento, lembraria dos feitos de Deus, e, conforme declarou o salmista, veria as coisas grandiosas que o Senhor havia feito por eles, por isso, teriam motivos de sobra para se alegrarem (Sl. 126.2,3).
3. A SANTA CEIA - UM MEMORIAL CRISTÃO: Os cristãos também têm o seu memorial, e esse foi deixado por Jesus. A celebração da Ceia foi uma das ordenanças deixadas pelo Senhor (Mt. 26.26-30; I Co. 11.23-25). Os discípulos poderiam se envolver com outras atividades e esquecerem o principal, o valor da morte e ressurreição de Cristo. Por isso, para eles, bem como para nós hoje, a Ceia tem um significado rememorativo, como as pedras erguidas em Gilgal (Js. 4.21). Os elementos da Ceia – o pão e o cálice – são símbolos do sacrifício do Cordeiro de Deus para a nossa salvação (formas figuradas como em Jo. 15; 10.9; 6.35). O pão representa o Seu corpo (I Pe. 2.22-24) e o cálice simboliza o sangue do Senhor (Mc. 14.24). A Ceia deve ter observação contínua (Lc. 22.14-20) como o fizeram os primeiros discípulos (At. 2.42; 20.7; I Co. 11.26). É preciso, no entanto, que haja atenção em relação ao significado dessa celebração, o descaso e a irrelevância dada à Ceia é pecado com graves conseqüências (I Co. 11.30). Recomendamos, por ocasião da Ceia do Senhor:
1) sinceridade na apreciação (Lc. 22.17-19);
2) auto-exame em reconhecimento dos pecados (I Co. 11.27-29); e
3) comunhão com os irmãos (I Co. 10.16-17).
1) sinceridade na apreciação (Lc. 22.17-19);
2) auto-exame em reconhecimento dos pecados (I Co. 11.27-29); e
3) comunhão com os irmãos (I Co. 10.16-17).
CONCLUSÃO: O memorial é uma prática instituída por Deus desde os tempos da Antiga Aliança. Seu objetivo é a lembrança dos grandes feitos do Senhor e a renovação do pacto com o Seu povo. O monumento de pedras erigido por Josué deveria servir como marco para as futuras gerações. Para os cristãos, a Santa Ceia é um memorial ordenado por Jesus, que aponta para o passado relembrando a Sua morte e ressurreição, para o presente, todas as vezes que o fizermos renovamos nossa comunhão com Ele, e para o futuro, até aquele dia Ele venha (I Co. 11.25,260. PENSE NISSO!