Texto Áureo: I Pe. 1.15 – Texto Bíblico Básico: I Pe. 1.13-22
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje daremos continuidade aos estudos sobre o Cremos, com ênfase na santificação, doutrina basilar da nossa fé, considerando a necessidade de termos vida santa. Inicialmente, definiremos o que é a santificação, a partir do Novo Testamento. Em seguida, trataremos a respeito dos três aspectos da santificação (passado) – justificação; presente (progressivo) e glorificação (futuro). Ao final, destacaremos a importância de uma vida cristã santificada, a fim de agradar ao Senhor.
1. DEFININDO SANTIFICAÇÃO
A palavra santificação (hagiasmos, em grego), de acordo com o Dicionário Vine, é usada para significar: a) a separação para Deus (I Co. 1.30; II Ts. 2.13; I Pe. 1.2); b) o curso de vida adequando aos que assim são separados (I Ts. 4.3,4,7; Rm. 6.19,22; I Tm. 2.15; Hb. 12.14). A santificação é, portanto, a relação com Deus na qual os homens entram pela fé em Cristo (At. 26.18; I Co. 6.11), e à qual o seu direito exclusivo é a morte de Cristo (Ef. 5.25,26; Cl. 1.22; Hb. 10.10,29; 13.12). A separação do crente das coisas más é a vontade de Deus (I Ts. 4.3), e o Seu propósito em chamá-lo para o evangelho (I Ts. 4.4), conforme Ele a ensina pela Palavra (Jo. 17.17,19) e deve ser procurada, avidamente e constantemente (I Tm. 2.15; Hb. 12.14). O agente da santificação é o Espírito Santo (Rm. 15.16; II Ts. 2.13; I Pe. 1.2; I Co. 6.11).
2. OS TRÊS ASPECTOS DA SANTIFICAÇÃO
2.1 Posicional – em Hb. 10.10, o autor diz que “Temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”. Isso quer dizer, então, que, de certo modo, já somos santos. Por isso, nas epístolas o Paulo se dirige aos seus destinatários como santos(Rm. 12.13; I Co. 14.33; Fp. 4.21).
2.2 Progressivo – embora sejamos declarados imediatamente e legalmente santos, pelo ato da regeneração e da justificação, somos instruídos a seguir adiante, em santificação (Fp. 3.13,14). Assim, espera-se que cresçamos até o ponto de podermos digerir alimento sólido (Hb. 5.12-14; I Pe. 2.1-3). Esse processo de transformação se dá em amor (Cl. 3.7-14) no contato com Espírito do Senhor (II Co. 3.18; I Co.10.13).
2.3 Futura – em Fp. 3.11 Paulo fala da ressurreição dos mortos, isto é, o momento da glorificação do corpo, esse é o aspecto futuro da santificação. A passagem bíblica de I Co. 15.51,52 detalha como isso acontecera. Com essa esperança, temos a fé de “as aflições do tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm. 8.18).
3. A VIDA EM SANTIFICAÇÃO
Concordamos com Menzies e Horton (1995, p. 159), que “embora jamais venhamos a atingir, nesta vida, um estágio que não nos permita pecar, podemos receber capacidade para evitar o pecado. Não somente precisamos da contínua purificação pelo sangue (I Jo. 1.7) como jamais chegaremos ao ponto de não precisarmos dela enquanto vivermos aqui. Por isso, precisamos ser realistas, e atentar para o que está escrito em I Jo. 1.10: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que não podemos viver na prática contínua do pecado (I Jo. 3.8-10). Isso porque a rejeição persistente à voz do Espírito Santo poderá levar à rebelião e à perda definitiva da salvação, melhor dizendo, à apostasia (Gl. 5.21; Hb. 6 e 10). Devemos levar em conta a recomendação de Paulo: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”. Diante dos fracassos ao longo do caminho, não devemos nos sentir derrotados, pois temos um Advogado junto ao Pai, um Amigo, Jesus Cristo (I Jo. 1.7).
CONCLUSÃO
A santificação, enquanto processo, é o ato de separar-se do mal e devotar-se a Deus (Rm. 12.1,2; I Ts. 5.23; Hb. 13.12). As Escrituras põem a santificação posicional, e, por conseguinte, a progressiva, como condição para se ver a Deus (Hb. 12.14). Mas uma vida de santificação, conforme exigida em de I Pe. 1.15,16), somente pode ser efetivada pelo Espírito Santo, que produz em nós e conosco, o Seu fruto (Rm. 6.1-11,13; 8.1,2,13; Gl. 2.20; Fp. 2.12,13; I Pe. 1.5).
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, J. R. A. O Cremos da Assembleia de Deus. São Paulo: Reflexão, 2017.
SOARES, E. A razão da nossa fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.