Texto Áureo: Hb. 10.22 – Leitura Bíblica: Ex. 27.1-7
INTRODUÇÃO
O altar do holocausto era a primeira indumentária que se encontrava ao entrar no Pátio do Tabernáculo. Considerando o significado do sacrifício de Cristo, no plano da salvação, estudaremos, na lição de hoje, a respeito daquele altar, fazendo as devidas aplicações em relação ao significado da cruz, bem como do sacrifício vicário de Jesus. É importante compreender, logo a princípio, que não precisamos mais sacrificar animais, pois o sacrifício de Jesus é suficiente, para conduzir todo pecador a Deus.
1. O ALTAR DO HOLOCAUSTO
O Altar do Holocausto tinha uma forma quadrada, seu lado interno era feito com madeira de acácia, e era revestido com uma grossa camada de bronze. Ele media cerca de 2,25m de largura, mas 1,35m de altura, e um detalhe de quatro pontas (ou chifres), que serviam para atar o animal, antes que esse fosse sacrificado. Aquele altar era o lugar propício para imolar o animal, e este tinha uma significado especial, pois apontava para um sacrifício que seria realizado no futuro, por meio do qual seria possível ter pleno acesso a Deus. O sacrifício de animais, na Antiga Aliança, era um tipo de Cristo, os profetas anteciparam que o castigo que nos traz a paz estaria sobre Ele, e que pelas suas pisaduras seríamos sarados (Is. 53.4-6). Por isso se faz alusão à figura do cordeiro, aquele animal que seria imolado pelo pecado do povo. Isso porque, como explica o autor da Epístola aos Hebreus, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb. 9.22).
2. CALVÁRIO, O ALTAR DO SACRIFÍCIO
É importante explicar que a palavra grega diatheke, tanto significa em grego aliança, quanto testamento. Quando usada como aliança, não implica que as partes envolvidas são iguais. Por isso, no Pacto do Sinai, Deus era o Soberano e Sua lei era mediada através de Moisés. O sangue dos animais, naquela aliança, era “figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes” (Hb. 9.23). Por isso Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém “no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus” (Hb. 9.24). O sacerdote da Antiga Aliança entrava no santuário, para oferecer sacrifícios “muitas vezes” (Hb. 9.25), mas com Cristo foi diferente, pois “oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb. 9.28). A adoração na Nova Aliança, em linhas gerais, é superior porque o santuário no qual o sacrifício definitivo de Cristo foi realizado é celeste, e se trata do verdadeiro santuário em cujo modelo o terreno se inspirou. Além disso, o sacrifício de Jesus foi oferecido com Seu próprio sangue, sendo Ele mesmo o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. E por fim, há uma promessa escatológica, pois Ele virá segunda vez, e essa é nossa bendita esperança, aguardamos a trombeta soar, e os mortos em Cristo ressuscitarem, e nós seremos transladados (I Ts. 4.13).
3. JESUS, NOSSO CORDEIRO
Não é mais necessária a repetição de sacrifícios, seguindo os moldes da Antiga Aliança, pois a oblação de Jesus foi “feita uma vez” (Hb. 10.10). Esse sacrifício, em virtude da sua perfeição, é capaz de justificar o pecador, e não precisa mais ser continuado “cada dia” (Hb. 10.11). Jesus ofereceu “um único sacrifício”, que é eternamente eficaz (Hb. 10.12), enquanto que o sumo-sacerdote levítico adentrava aos Santos dos santos, uma vez por ano, por ocasião da expiação. Cristo está agora “assentado para sempre à destra de Deus” (Hb. 10.12), e por esse motivo, chegará o dia em que Ele será adorado por todos, até que “seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés” (Hb. 10.13). E por causa desse sacrifício, podemos ter segurança de que somos alcançados pela graça de Deus. E mais que isso, que “nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8.35). Isso nos coloca debaixo de outra condição, pois por meio do sacrifício de Cristo, desfrutamos de uma Nova Aliança, anteriormente profetizada por Jeremias, ao declarar que chegaria o dia no qual Deus faria uma nova aliança com o ser humano (Jr. 31.33). Como essa é uma nova realidade, os sacrifícios levíticos se tornaram obsoletos, e não faz sentido mais retornar a eles (Hb. 10.18).
CONCLUSÃO
O altar do sacrifício era o lugar no qual os animais eram sacrificados, para propiciação dos pecados do povo. Na Nova Aliança, temos um sacrifício perfeito, que não precisa mais ser repetido, o sacrifício de Jesus Cristo, na cruz do calvário, nos é suficiente para a salvação, temos convicção que, por causa dEle, temos acesso ao Pai, podemos desfrutar de uma nova condição espiritual, fomos feitos novas criaturas (II Co. 5.17).
BIBLIOGRAFIA
HORTON, H. The Tabernacle of Moses. Bloomigton: Thomas Nelson, 2014.
SPRECHER, A. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.