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TABERNÁCULO – UM LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS

Texto Áureo: Ex. 25.8 – Leitura Bíblica: Ex. 25.1-9


INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos o Tabernáculo, enquanto símbolo da obra redentora de Cristo. É importante, ao longo das lições, enfatizar os aspectos teológicos do Novo Testamento, a respeito desse assunto. Ao adotar esse procedimento hermenêutico, evitaremos aplicações indevidas dos textos, bem como alegorias que não têm respaldo escriturístico. Na aula de hoje, detalharemos as partes do Tabernáculo, e principalmente, a vontade soberana de Deus em habitar no meio dos homens.

1. A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
O Tabernáculo era uma tenda móvel, cujo projeto foi dado pelo próprio Deus. Esse santuário deveria ser construído para Deus (Ex. 28.9; 29.46,47), por se tratar de um lugar para a manifestação da glória divina. Esse Tabernáculo foi construído através de ofertas voluntárias (Ex. 25.2), o povo demonstrou interesse em contribuir com a edificação daquele projeto, com disposição para ver a obra seguir adiante (Ex. 35.21-26), com muito ânimo (Ex. 35.5; 25.1,2). A obra deveria ser realizada pelos homens, mas se tratava de um projeto divino, por isso o próprio Deus concedeu destreza e habilidade para tal (Ex. 35.10,25; 36.1-8). Deus estabeleceu os critérios para edificação daquela Tenda Móvel, não poderia ser feita de acordo com os interesses humanos. O Espírito Santo atuou diretamente naquela edificação, dando habilidade artística, para executar os trabalhos (Ex. 35.30-35). Por isso, o padrão divino deveria ser observado, tudo deveria ser feito conforme o modelo que foi mostrado a Moisés no monte (Hb. 8.5; Ex. 25.40; Nm. 8.4; At. 7.44). A glória divina – shekinah – somente pode habitar no contexto em que o padrão dado pelo Senhor é respeitado. A Palavra de Deus é a Verdade, é o modelo pelo qual a Igreja se guia (Cl. 4.17; Jo. 17.1-6).

2. AS PARTES DO TABERNÁCULO 
O Tabernáculo recebe vários nomes nas Escrituras, geralmente é mencionado como uma Tenda (Ex. 25.9), ou um Santuário separado (Ex. 25.8), às vezes, como Tenda do Testemunho (Nm. 9.15), como Casa de Deus (Ex. 34.26) e Tenda do Encontro (Ex. 40.34). Esse Tabernáculo era composto por vários utensílios: a arca da aliança, que estava posicionada no Lugar Santíssimo, as varas de madeira que ficavam nas laterais da arca (Ex. 25.13,14), os querubins que ficavam nas extremidades da tampa do propiciatório (Ex. 25.18), e o propiciatório que ficava direcionado para o leste (Lv. 16.14). O altar do incenso foi colocado em frente do véu (Ex. 30.4), diante da arca (Ex. 40.5), diante do propiciatório (Ex. 30.6). A mesa dos pães foi colocada no lado norte do Tabernáculo (Ex. 40.22), o candelabro no lado sul (Ex. 40.24), em frente à mesa, ambos no Lugar Santo, um em frente do outro (Ex. 26.35). No pátio externo, estava o altar de bronze (dos holocaustos), em frente à porta (Ex. 40.6), também se encontrava nesse pátio a pia de bronze (Ex. 40.7). Vários materiais foram utilizados na construção: ouro, prata, bronze e pedras preciosas. Além de linho finíssimo, madeira de acácia, óleo para iluminação, especiarias para unção e incenso aromático. Tecidos, de várias cores, feitos de peles de animais, também foram usados.

3. DEUS HABITA ENTRE OS HOMENS
O tema da habitação de Deus entre os homens é recorrente ao longo das Escrituras. A Bíblia dedica 43 capítulos consecutivos (Ex. 25 a 40 e Lv. 1-27) e mais algumas partes das Escrituras (Números, Hebreus e Apocalipse) para tratar do assunto da habitação de Deus. O Senhor sempre desejou fazer morada no meio dos homens, desde os tempos do Éden, quando caminhava e conversava com Adão (Gn. 3.8). Posteriormente, Deus conversou com Noé, sendo esse um dos patriarcas da sua época (Gn. 6.9), até a construção do Tabernáculo (Ex. 25.8,22). Mas a perfeita habitação divina entre os homens se deu por intermédio de Jesus Cristo, considerando que Ele é a expressa plenitude da divindade (Cl. 1.19; 2.9). João é enfático ao declarar que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo.1.14-18), merece destaque o verbo skenoô que significa, literalmente em grego, “tabernaculou”. E porque Deus se fez gente e habitou no meio de nós, a Igreja tornou-se lugar da habitação de Deus, pois Cristo habita individualmente nos coração daqueles que creem (II Co. 5.1; Ef. 3.17 e II Pe. 1.13,14), e também coletivamente em Seu corpo (I Tm. 3.15; Jo. 14.23; I Pe. 2.5; II Co. 6.15-18; I Co. 3.16,17 e Ef. 2.20-24). Essa habitação será plena no futuro, na dimensão escatológica, quando Deus estabelecer seu Tabernáculo com os homens, com os quais Ele viverá (Ap. 21.1-3).

CONCLUSÃO
De acordo com os estudiosos, esse Tabernáculo demorou nove meses para ser construído, tendo se tornado o lugar da habitação de Deus. Talvez essa data seja mera especulação teológica, mas sabemos que Cristo, Aquele que se fez Carne, e habitou no meio os homens, esteve nove meses no ventre de Maria (Mt. 1.21,23; Cl. 1.19). Não podemos esquecer que Jesus é a morada de Deus entre nós, como disse certo mensageiro, o maior evento de todos os tempos não foi o homem ter ido a lua, mas Deus ter posto os pés na terra, através de Cristo.

BIBLIOGRAFIA
ASHBY, W. B.; GALAN, B. Rose guide to the Tabernacle. Torrence: Rose, 2008.
CONNER, K. J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. Belo Horizonte: Atos, 2004.