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OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO

Texto Áureo: I Co. 12.11 – Leitura Bíblica: Ex. 31.1-11

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito dos artesãos do Tabernáculo: Bazalel e Aoliabe. Aproveitaremos para destacar a importância de desenterrar os talentos, a partir da parábola contada por Jesus. É importante também sabermos que fomos capacitados por Cristo, e pelo Seu Espírito, para desenvolvermos ministérios e dons, com vistas à edificação da Igreja.

1. BEZALEL E AOLIABE
Bezalel e Aoliabe foram chamados por Deus para executar uma grande obra no Tabernáculo. O primeiro, pertencente a tribo de Judá, e o segundo, a tribo de Dã (EX. 31.1-6), se tornaram instrumentos nas mãos de Deus, para dar realce a construção daquela importante tenda móvel. O texto bíblico é enfático ao reconhecer que esses foram cheios do Espírito Santo, para realizar aquilo que Deus estabeleceu, com vistas não apenas a funcionalidade, mas também a estética do Tabernáculo. É digno de destaque que desde a Antiga Aliança Deus usa pessoas, dando a elas a capacitação necessária, para que Seu propósito seja alcançado. Existem várias personagens bíblicas no Antigo Testamento, cada uma delas com suas particularidades, a começar por Moisés e Arão, que foram guiadas por Deus, cada um sendo usado com sua especialidade. No Novo Testamento, percebemos o mesmo princípio, Paulo e Pedro foram discípulos de Jesus, um se destacou na pregação do evangelho aos judeus (Gl. 2.8), enquanto que o outro o fez entre os gentios (Rm. 11.13). Esse princípios é importante no contexto eclesiástico, a fim que possamos reconhecer as diversidades, e saber que o Espírito faz como lhe apraz.

2. DESENTERRANDO OS TALENTOS
A Parábola dos Talentos, que se encontra em Mt. 25.14-30, é uma advertência a respeito da necessidade de desenvolvermos a obra de Deus, de acordo com os dons que recebemos da parte do Senhor. Jesus conta que um homem, partindo para fora da terra, chamou seus servos, entregando-lhe bens. Ele entregou a esses servos alguns talentos, considerando a capacidade de administrar cada um deles. A um entregou cinco, que granjeou mais cinco, a outro entregou dois talentos, que ganhou outros dois, mas o que recebeu apenas um talento, talvez por achar que era pouco, e por ter uma visão deturpada do seu senhor, decidiu esconder na terra o talento, para devolvê-lo quando o Senhor retornasse. Os servos que duplicaram seus talentos foram elogiados pelo senhor, por ocasião da sua volta, mas esse que escondeu o talento na terra foi repreendido pelo senhor. Esse servo é identificado pelo Senhor como “inútil”, tendo sido lançado nas trevas exteriores. Os religiosos do seu tempo, principalmente os escribas e fariseus, ao invés de propagaram a boa mensagem, resolveram escondê-la e enterrando-a, privando as pessoas de conheceram a verdade do evangelho. A partir dessa Parábola somos advertidos a trabalhar pelo Reino de Deus, atentando para o valor dessa preciosa mensagem.

3. OS DONS MINISTERIAIS E ESPIRITUAIS
Existem diferentes palavras gregas para se referir à capacitação divina dada aos seres humanos. No grego do Novo Testamento, temos as palavras doreá, no sentido de dádiva, sendo Cristo a maior dádiva de Deus (II Co. 9.15; Rm. 5.15; Ef. 3.4). O próprio Espírito Santo é uma dádiva de Deus, depois que o pecador se arrepende dos seus pecados (At. 2.38; 8.20; 10.45; 11.17). O termo dóron também transmite o significado de dádiva, relacionado especificamente às ofertas a Deus (Mt. 5.23,24; Lc. 21.1-4). Outra palavra grega associada às dádivas é eleemosuné, de conotação mais social, relacionada à contribuição aos necessitados (Mt. 6.2; Lc. 11.41; At. 9.36; 10.2). Palavras de bênçãos também podem ser pronunciadas na Nova Aliança, são as eulogias, cujo significado é o de expressar nosso desejo de que Deus abençoe os outros. A palavra charisma, em grego, está associada aos dons do Espírito Santo (I Co. 12). Mas tem uma dimensão mais ampla, tendo em vista que Timóteo recebeu um charisma, quando lhe impuseram as mãos, um dom para o exercício ministerial (I Tm. 4.14; II Tm. 1.6). Dentre os charisma que Paulo recebeu, destacamos o do celibato, tratando-se, portanto, de uma capacitação de Deus, não de uma imposição humana (I Co. 7.7). As palavras gregas relacionadas aos dons espirituais são charismata e pneumatikon, o primeiro diz respeito aos aspectos da graça na capacitação dos dons, e o segundo, ressalta o Espírito Santo como a fonte dos dons (I Co. 12.11).

CONCLUSÃO
A igreja deve favorecer a manifestação das capacitações do Espírito, com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Ao invés de enfatizar demasiadamente os cargos, devemos estimular as funções ministeriais, dadas por Cristo e pelo Espírito Santo (Ef. 4.11). Deus distribuiu talentos para a Igreja, para o que for útil, e isso fez respeitando as individualidades, e favorecendo a diversidade. 

BIBLIOGRAFIA
CONNER, K. J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. Belo Horizonte: Atos, 2004.
HORTON, H. The Tabernacle of Moses. Bloomigton: Thomas Nelson, 2014.