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O NASCIMENTO DE UM LÍDER PROFÉTICO EM ISRAEL

INTRODUÇÃO
Antes de aparecer no cenário de Israel, Samuel já era consagrado diretamente ao Senhor (1Sm 1.11). Nesta lição, veremos que esse homem tinha tudo a seu favor para ser o que foi. Primeiramente, ele foi fruto de oração de sua mãe. Em seguida, passou toda a sua juventude sob a mentoria do sacerdote Eli, morando no Santuário Central. Veremos que Samuel era constante na Casa do Senhor e, por isso, foi grandemente abençoado. O nosso objetivo é que, a partir desta lição, você e o seu lar sejam grandemente abençoados. Vale a pena criar os filhos no temor do Senhor; que eles não se afastem da Casa de Deus!
I. O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL
1. Onde Samuel nasceu? No capítulo um de 1 Samuel, vemos que o lar onde ele nasceu não era perfeito. Estudiosos dos costumes bíblicos afirmam que nas famílias dos homens de Deus do passado havia os mesmos problemas de hoje: conflitos e maus tratos. Poligamia, rivalidade entre irmãos e oposição entre pais e filhos também estavam presentes nas famílias daquela época. Tais fatos, porém, não anularam o projeto de Deus para a família de Samuel.
A Bíblia diz que Elcana, pai do jovem juiz, sacerdote e profeta, era levita da família de Coate (1Cr 6.22-28), um homem de elevada posição social e chefe da família de Zofim, que deu origem ao nome da aldeia, Ramataim de Zofim, que significa altitude ou elevação dupla, isso por causa de Ramá (elevação). Foi em Ramá que Samuel nasceu, viveu e morreu (1Sm 1.19; 7.17; 25.1). Assim como seu pai Elcana, Samuel também era levita e vivia no território da Tribo de Efraim (1Sm 1.1).
2. A bigamia presente. O autor do livro de Samuel pontua que Elcana tinha duas mulheres, uma prática que feria o princípio bíblico, posto que esse nunca foi o ideal de Deus para a família (Gn 2.24; Mt 19.5,6); embora fosse tolerado pela lei (Dt 21.15-17) — alguns homens na Bíblia foram polígamos, mas tiveram consequências gravíssimas: Abraão, Jacó, Gideão, Davi, Salomão. A prática comprometedora de Elcana trouxe problema para si e para a sua mulher, Ana, a quem amava, pois Penina provocava sua rival, visto que ela tinha filhos, mas Ana, não. Crê-se que o casamento de Elcana com Penina se dera por causa da esterilidade de Ana.
Por vezes nossos lares se tornam conflituosos devido à falta de prudência e sabedoria de um dos cônjuges. Por isso, é imperioso que o esposo e a esposa saibam proceder com verdade e sinceridade, relacionando-se um com o outro em amor (Ef 4.2) e pedindo sabedoria do alto para a solução de conflitos (Tg 1.5).
3. Uma família piedosa. Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à Casa do Senhor para O adorar. Siló era o centro religioso da nação, que distava de Betel 18 quilômetros ao norte. Essa família subia para prestar culto ao Senhor dos exércitos.
Apesar das dificuldades, pais e filhos não devem deixar de ir à casa de Deus, pois ali, Deus fala conosco! No tocante à piedade, Paulo diz que ela é proveitosa para tudo (1Tm 4.8). A palavra “piedade”, do grego eusebeia, remete à reverência, respeito, temor e fidelidade a Deus. Assim, se no lar existe a verdadeira piedade, não haverá desrespeito aos pais nem abandono dos filhos em sua velhice (1Tm 5.4).
II. SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO 
1. A humildade de Ana. Descrita no primeiro capítulo como uma mulher forte, firme, decidida, apesar de toda provocação de Penina, Ana se mostrou humilde. Penina, sua rival, fazia de tudo para que Ana se irasse (1Sm 1.6), perdesse o controle, mas o que esta fazia era subir à Casa de Deus (1Sm 1.9,10).
Uma mulher cristã, espiritual, sempre busca sabedoria para proceder com prudência, como mulher piedosa (Pv 31.30). Ela evita responder aos ataques de outras, mas dirigi-se à pessoa certa, derramando o seu coração diante de Deus (1Sm 1.12,13).
2. Ana e sua amargura de alma. Toda a situação na qual vivia fez com que sua alma tivesse grande amargura. Aqui, a palavra é a mesma que aparece em Êxodo 15.23 e Rute 1.20. No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração. No santuário, ela orava ao Senhor apenas com os lábios, o que não era comum para os hebreus. Esse ato incomum fez Eli pensar que ela estivesse embriagada. Mas com reverência, ela explicou sua dor, de modo que o sacerdote lhe respondeu: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste” (1Sm 1.17). Assim, aprendemos que as nossas amarguras e ansiedades devem ser colocadas perante o soberano Senhor. Ele sabe como tratar conosco (1Pe 5.7).
3. O pedido de Ana. Ana pediu um filho para Deus. Nesse pedido ela fez um voto, mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita para sempre (1Sm 1.22) — note que o ministério de levita durava até 50 anos (Nm 4.3); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1Sm 1.11) — observe que o nazireado tinha um tempo determinado também (Nm 6.2-5). Deus ouviu o pedido de Ana e agiu em seu favor; a expressão “lembrou-se dela” aponta para o socorro divino. Como é maravilhoso entregar tudo a Deus, levar-lhe nossas causas, pois Seu agir é certo! Deus ainda intervém!
III. A DEDICAÇÃO DE SAMUEL 
1. O nascimento de Samuel. O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho, e o nomeou de Samuel, que pode significar “ouvido de Deus” (do heb. Shemu´á-el) ou “seu nome é poderoso” (do heb. Shemu-´el). Atente para o sufixo el, tanto no caso de Shemu´á-el quanto no de Shemu-´el. A ênfase aqui recai para um nome poderoso, ou seja, ao poder do Eterno, que deve ser adorado para sempre. Isso mostra que Samuel cresceu, fortaleceu-se e confiou no Deus Todo-Poderoso, como indica o seu próprio nome.
2. O cumprimento do voto. A partir do versículo 21, nota-se que Elcana, marido de Ana, subiu à casa de Deus para, juntamente com toda a sua casa (com a exceção de Ana, que só subiria após desmamar o menino) apresentar sacrifícios anuais e cumprir o seu voto. Pelo texto da Septuaginta, Elcana cumpriu seus votos e também entregou os dízimos do produto da terra (Dt 12.26,27). Esse procedimento consistia em entregar os dízimos do produto da terra, conforme se esperava que todo levita fizesse (Nm 18.26; Ne 10.38).
Após ser desmamado, aproximadamente três anos mais tarde, Samuel foi levado por seus pais à Casa de Deus, e entregue ao sacerdote Eli como cumprimento do voto feito por sua mãe. Assim, o casal cumpriu conforme o prometido: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo” (Ec 5.4a).
3. Dedicação de Samuel. Ana lembrou a Eli de que esteve perante a sua presença, orando ao Senhor para que “se lembrasse dela”. Assim, Ana dedicou Samuel a Eli para o serviço no templo, devolvendo-o para o Deus Todo-Poderoso. Era uma dedicação irrevogável.
Como é bom quando os pais se dedicam as coisas de Deus e, consequentemente, mostram aos seus filhos, na prática, uma vida de devoção sincera. Ao chegarem ao templo, em reverência, oram a Deus; em casa, fazem o culto doméstico; primam por viver o Evangelho de Jesus Cristo. Os filhos que crescem, vendo tal dedicação sincera, naturalmente, são estimulados a temerem a Deus e a amá-lo de todo o coração. Mostremos, portanto, reverência, humildade e honra ao Senhor nosso Deus!
CONCLUSÃO
Com esta lição, somos estimulados a apresentar a Deus as nossas petições. Uma vez abençoados, voltarmos à sua casa, conforme o exemplo de Ana, para agradecê-lo pelas orações respondidas. Nesse sentido, nossa vida deve ser um testemunho aberto aos nossos filhos acerca da dedicação, reverência e humildade ao Deus Todo-Poderoso. Ana teve dois privilégios: ter um filho e, além disso, vê-lo ungido por Deus para o ministério. Por intermédio de sua família, Deus pode levantar novos vocacionados. PENSE NISSO!