“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At.2:4).
Atos 2:
1.Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2.e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3.E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4.E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
1 Coríntios 12:
7.Alas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
8- Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9.e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; 10- e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11.Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente cada um como quer.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos da “sutileza do enfraquecimento da identidade pentecostal”. A principal identidade do movimento pentecostal é o batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em outras línguas e os dons espirituais. As línguas como sinal do batismo no Espírito Santo é um distintivo do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, em Jerusalém e, na atualidade, no avivamento da rua Azusa, nº 312, em Los Angeles, Califórnia, em 1906, o qual é considerado o mais duradouro e extraordinário avivamento espiritual de toda a história da Igreja, uma demonstração viva e inequívoca de que nos aproximamos celeremente da volta de Jesus Cristo para arrebatar a sua Igreja, pondo fim a dispensação da graça. Este derramamento do Espírito em Azusa tornou-se um centro irradiador do pentecostalismo clássico para o mundo. Vários pioneiros do avivamento mundial foram influenciados pelo derramamento do Espírito Santo em Azusa e em outras igrejas dos Estados Unidos da América como, por exemplo, em igrejas de Chicago. Entre esses pioneiros, estavam Gunnar Vingren e Daniel Berg.
Na verdade, o que distingue o pentecostalismo clássico de outros “pentecostalismos” é justamente a doutrina da evidência do Batismo no Espírito Santo. Para os pentecostais clássicos, que têm nas Assembleias de Deus a sua representante principal, o falar em outras línguas é o sinal físico do recebimento do batismo no Espírito Santo. Mas esse fenômeno, nascido no princípio da Igreja, num cenáculo em Jerusalém, e que ressurgiu de forma fervorosa no avivamento da rua Azusa, tem sido arrefecido nestes últimos tempos. Há um movimento sutil que visa enfraquecer a identidade pentecostal; esse movimento é real e se encontra dentro das igrejas locais, mesmo dentro da Assembleia de Deus. Há quem trabalhe para enfraquecer a busca do batismo no Espírito Santo e a manifestação dos dons espirituais, no culto ao Senhor. É preciso que os remanescentes do fogo do Pentecostes se levantem no poder do Espírito Santo e resistam com fervor as sutilezas que visam enfraquecer a identidade pentecostal.
I. O PENTECOSTES BÍBLICO
1. O Espírito prometido
A Promessa do Batismo no Espírito Santo foi feita por Deus no Antigo Testamento, e o Profeta que proferiu com mais nitidez sobre essa promessa divina foi Joel, descrita no livro que leva o seu nome, no capítulo 2:28,29 - “Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito”.
Entretanto, na Antiga Aliança, havia a manifestação do Espírito Santo em momentos especiais e sobre a vida de diferentes pessoas. Vemos, por exemplo, o Espírito Santo agindo sobre a Criação (Gn.1:2); na vida de Bezalel, por ocasião da construção do Tabernáculo (Êx.31:2,3); sobre a vida dos juízes de Israel, tais como: Gideão (Jz.6:34); Jefté (Jz.11:29) etc. Enfim, de uma forma mais específica, o Espírito de Deus sob o Antigo Pacto atuava sobre a vida de pessoas escolhidas para obras especiais, tais como os sacerdotes, reis e profetas (Êx.28:41; 1Sm.16:14; 1Rs.19:16) e Anciãos (Nm.11:16,17) etc. O povo apenas presenciava a manifestação do Espírito na vida dessas pessoas.
Portanto, existia uma ação restrita do Espírito de Deus na Antiga Aliança. Porém, a partir do cumprimento da promessa no Pentecostes, depois da Ascenção de Cristo, o Espírito Santo não é mais exclusividade de alguns, mas para todos. A promessa é de “derramamento” que atingiria “toda a carne” (Jl.28a); ou seja, o Espírito prometido, que, segundo os preceitos judaicos, era peculiar ao povo de Israel, estaria sendo disseminado entre todas as nações, entre todos os povos, sobre todo o ser humano. Portanto, tal promessa prenunciava um tempo inteiramente novo sobre a Terra, onde a presença do Senhor se faria sentir além das fronteiras do “reino sacerdotal”, da “propriedade peculiar entre os povos”, que era Israel (Ex.19:5,6), algo jamais visto pela humanidade desde a queda do homem no jardim do Éden.
2. O Espírito derramado
O derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugurou o movimento pentecostal (At.2:1-47). Cristo subiu e o Espírito Santo desceu. O Cristo ressurreto ascendeu aos céus e enviou o Espírito a fim de habitar para sempre com a Igreja. A partir do Pentecostes, esta é uma experiência normal da Igreja.
Mas a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento casual, e sim uma agenda estabelecida por Deus desde a eternidade. O mesmo Espírito Santo que desceu sobre Jesus no Jordão, guiou-o no deserto e revestiu-o com poder para salvar, libertar e curar (Lc.3:21,22; 4:1,14,18); depois, veio sobre os discípulos de Jesus (At.1:5,8; 2:33). O Livro de Atos narra outros derramamentos do Espírito Santo e, certamente, essa experiência sobrenatural ocorreu inúmeras vezes no decurso do período da graça, chegando até nós.
O Derramamento do Espírito Santo produziu o fenômeno das línguas. O Pentecostes foi o oposto de Babel - em Babel as línguas eram ininteligíveis; no Pentecostes, não houve necessidade de interpretação. Em Babel houve dispersão; no Pentecostes, ajuntamento. Babel foi resultado de rebeldia contra Deus; Pentecostes, foi fruto da oração perseverante a Deus. Em Babel os homens enalteciam seu próprio nome; no Pentecostes, falavam sobre as grandezas de Deus. John Stott escreveu: “Em Babel, a terra orgulhosamente tentou subir ao Céu, enquanto em Jerusalém, o Céu humildemente desceu à Terra”.
A promessa do derramamento do Espírito Santo é para todos, mas existe uma condição especial para receber o revestimento de poder: nascer de novo. O batismo no Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos ao serem batizados no Dia de Pentecostes, tinham seus nomes escritos no céu (Lc.10:20) e eram limpos diante de Deus (Joao 15:3). O novo nascimento, portanto, é a primeira operação do Espírito Santo; sem ele, ninguém pode entrar no reino de Deus e desfrutar de outras ações do Espírito em sua vida, dentre elas o batismo no Espírito Santo e o recebimento dos dons espirituais.
II. O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA
1. A atualidade dos Dons espirituais
Os Dons espirituais são favores imerecidos que Deus concede aos crentes que estão dispostos a servi-lo e que, por obediência, já alcançaram o batismo no Espírito Santo. Os Dons espirituais são chamados, no original grego, de "charismata", palavra que significa "graças". A verificação do significado da palavra "charismata" é muito importante, pois demonstra, de forma cabal, que os dons espirituais são concessões divinas, e decorrem do exercício da Sua infinita misericórdia, não havendo, portanto, qualquer merecimento, qualquer mérito por parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual. O Dom é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a própria Palavra de Deus: "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1Co.12:11).
A atualidade dos Dons espirituais é confirmada pela Bíblia Sagrada e pela experiência cristã. Mas, uma corrente da teoria cessacionista deduz, equivocadamente, que os Dons espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia chegado aos confins da terra (At.1:8; 13:47). Afirma que os Dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo. Uma outra corrente acredita que os Dons espirituais não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os Dons do Espírito tenham existido somente no tempo dos apóstolos. Se os Dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria à igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os dons e zelassem por ele, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade bíblica. Assim, a dedução dos cessacionistas não é possível e nem necessária como método de interpretação do Novo Testamento. Àqueles que negam a atualidade dos dons espirituais, faço minha as palavras do apóstolo Paulo: “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1Co.12:1).
Portanto, todos os que creem, e não apenas alguns escolhidos como ocorria na Antiga Aliança, podem ser revestidos do poder do Espírito Santo para proclamar a mensagem do Reino de Deus, utilizando-se dos dons espirituais que o Espírito Santo distribui conforme a capacidade de cada um (1Co.12:7).
2. As Línguas como evidência
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2:4)
No glorioso fenômeno do Pentecostes Deus rompeu a barreira da língua, e os judeus de diversas partes do mundo puderam ouvir os discípulos falando em sua própria língua materna. Essas “outras línguas” eram dialetos conhecidos e falados pelos judeus que habitavam diversas regiões do Império Romano e estavam em Jerusalém por ocasião da festa.
O apóstolo Pedro aborda a questão da “glossolalia” de Atos 2 e diz que não foi consequência de uma intoxicação ou embriaguez (Atos 2:13). Os discípulos não perderam suas funções físicas e mentais; foi um fenômeno tanto de fala como de audição. Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em línguas reconhecíveis. Assim, a expressão “outras línguas” poderia ser traduzida por “línguas diferentes da sua língua materna”. Os discípulos falaram línguas que ainda não haviam aprendido. Essas “outras línguas”, portanto, são conhecidas como “glossolalia”, e elas evidenciam externa, física e inicialmente o batismo no Espírito Santo. As pessoas, quando são batizadas no Espírito Santo, começam a falar com Deus, a exaltá-lo, a louvá-lo, a glorificá-lo de uma forma evidente e que pode ser notada e contemplada por todas as pessoas. Foram as línguas estranhas que sinalizaram o batismo de Cornélio e sua família (cf. Atos 10:47).
Assim, a “língua estranha” enquanto sinal do batismo no Espírito Santo é algo que está presente na vida de cada crente batizado. Portanto, a “língua estranha” como sinal do batismo é algo universal. Se alguém foi batizado no Espírito Santo, ele falou em língua estranha pelo menos no momento em que recebeu esta bênção. Deste modo, só existe um meio biblicamente aceitável para dizer se alguém foi batizado no Espírito Santo: o falar em “língua estranha”.
Já a língua como dom espiritual tem uma outra abrangência. Como dom espiritual, diz a Bíblia, é repartida particularmente pelo Espírito Santo a quem Ele quer, ou seja, não é uma bênção que seja distribuída a todos os crentes batizados no Espírito Santo, mas tão somente a quem o Espírito Santo quer. O próprio apóstolo Paulo afirmou, em 1Coríntios 12:2, que havia aqueles que falavam em “língua estranha”, prova de que não eram todos os que falavam.
Portanto, o dom de línguas não é para todos, mas para alguns, ainda que seja, historicamente, o mais disseminado dos dons espirituais, o que se compreende tanto pelo fato de que se trata de um instrumento de edificação individual, quanto pela circunstância de ser o dom mais buscado pelos crentes, a ponto de Paulo ter tido necessidade de pedir aos crentes de Corinto que buscassem mais os dons de profecia e o de interpretação das línguas.
Todos os batizados no Espírito Santo falam em língua “estranha” quando recebem o revestimento de poder, mas nem todos têm o dom de línguas; então há um grupo de crentes que, apesar de serem batizados no Espírito Santo, não possuem o dom de línguas e, por conseguinte, apesar de terem falado em “língua estranha” no momento do batismo, não mais falarão dali por diante. A existência desse grupo deve ser aqui realçada pois, inadvertida e erroneamente, há muitos que acham que, se alguém foi batizado no Espírito Santo e deixou de falar em línguas é porque não está bem espiritualmente, pecou ou fez algo que não era da vontade de Deus, e que precisa ser renovado. Nem sempre podemos assim considerar, pois nem sempre quem é batizado no Espírito Santo, recebe o dom de línguas.
III. MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA
1. Fidelidade às Escrituras
Fidelidade é uma qualidade essencial na vida espiritual do crente; ela envolve todas os elementos fundamentais que sustentam a vida cristã, dentre eles está a fidelidade às sãs doutrinas exaradas nas Escrituras Sagradas como, por exemplo, o batismo no Espírito Santo e os Dons espirituais. A Igreja, no seu princípio, a qual nasceu sob o fogo do Espírito Santo, era fiel e perseverante nas doutrinas dos apóstolos (Atos 2:42), e é assim que a igreja Pentecostal hodierna deve se apresentar.
Muitos crentes, no início da conversão, desenvolvem uma fé inabalável, revelando sua fidelidade ao Senhor e às doutrinas sistemáticas das Escrituras Sagradas, mas com o passar dos anos, diante das muitas adversidades e do desvio doutrinário, infelizmente, muitos vão esmorecendo na fé e comprometendo a sua fidelidade ao Senhor e à sua Palavra. O liberalismo teológico tem feito um estrago na vida de milhões de crentes no mundo todo. Pode-se ver isso bem de perto, dentro das igrejas pentecostais históricas, onde o arrefecimento da busca pelo batismo no Espírito e pelos Dons espirituais tem sido claramente notável.
Nesta nova geração de crentes há um ceticismo gritante com relação ao batismo no Espírito Santo e a manifestação dos dons espirituais. Concordo com o pr. José Gonçalves, quando afirma que “o afrouxamento doutrinário e a consequente negação da atualidade dos dons Espirituais são marcas que mostram que segmentos do Movimento Pentecostal contemporâneo estão se distanciando da Palavra de Deus. Todo desvio doutrinário, bem como toda heresia, existe por conta da negação ou acréscimo de alguma coisa às Escrituras. Como dizia certo teólogo, as Escrituras não precisam de penduricalhos. Precisamos voltar às Escrituras”.
2. Exercício dos dons espirituais
O exercício dos Dons espirituais deve ocorrer exclusivamente para substanciar o ministério que Deus incumbiu aos crentes vocacionados. Assim, nunca deve servir para vanglória ou para exibir espiritualidade. Os Dons são ferramentas de trabalho, e que devem ser usados para honra e glória de Deus.
Os beneficiários dos Dons devem estar cônscios de que eles não são presentes; não são dados como se dá uma joia para ser usada como adorno, ou enfeite; não é, também, uma medalha usada como condecoração para ser exibida no peito, com o fim de chamar a atenção para a pessoa que a usa. Sendo instrumento de trabalho, usar, ou não usar o Dom, não é uma questão de querer; Deus dá para ser usado. Vemos a comprovação disso nas Parábolas dos Talentos e das Minas (Mt.25:14-30 e Lc.10:11-27). Nem os Talentos nem as Minas foram dados como presentes; foram, na verdade, dados para serem usados de acordo com os interesses do senhor, o legitimo dono dos Talentos e das Minas. Contudo, um dos servos, ou não entendeu, ou foi negligente, pois resolveu não trabalhar com o valor recebido; ele simplesmente “cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor” (Mt.25:18). Perceba a expressão “o dinheiro do seu senhor”. Da mesma forma ocorre com os Dons que Deus concede ao crente, eles não se tornam propriedade daquele que os recebe, são dados para serem usados na Obra de Deus. A negligência, ou dolo pela não utilização, ou pelo uso indevido por parte de quem os recebe resultará em consequências negativas quando o Dono voltar, tal como aconteceu naquelas duas Parábolas referidas: “Lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá planto e ranger de dentes” (Mt.25:30).
Assim, meu irmão, se você recebeu um, ou mais Dons, eles não lhes foram dados para você exibir sua espiritualidade ou enobrecer a sua reputação, mas para você mostrar serviços na Obra de Deus; tampouco pode enterrá-los. Pense nisso!
CONCLUSÃO
É bastante notório o enfraquecimento da identidade pentecostal nas igrejas locais em diversas regiões. Não se vê mais com frequência os púlpitos arderem com o fogo do Espírito; não ocorrendo isto, a Igreja esfria, o que não agrada a Jesus. Certa feita alguém perguntou a Dwight Moody: “como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “acenda uma fogueira no púlpito”.
Mas, o enfraquecimento da identidade pentecostal não é a primeira vez que ocorre na história da Igreja. Pouco mais de trezentos anos após o glorioso evento do Pentecostes, em Jerusalém, o esfriamento pentecostal havia chegado; somente em 1906 o fogo pentecostal incendiou novamente a Igreja, chegando até nós. Infelizmente, após um século desse advento, o movimento passou a dar sinais de esfriamento. Nota-se, hoje, uma Igreja Local desanimada e, em vários locais, céticas com relação à sua identidade pentecostal; observa-se o enfraquecimento doutrinário, e até mesmo desvios teológicos que negam a manifestação dos dons espirituais. A Igreja precisa se erguer e conservar a chama acesa do Espírito Santo, sob pena de novamente passar por um período de trevas. Que Deus tenha misericórdia do seu povo nestes últimos tempos!