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A SUTILEZA CONTRA A PRÁTICA DA MORDOMIA CRISTÃ

Texto Base: Gênesis 14:17-20

“E [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn.14:20).

Gênesis 14:

17.E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou deferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.

18.E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo.

19.E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;

20.e bendito seja Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos da perigosa “teologia” da barganha. Nestas últimas décadas, inúmeros cristãos têm se apegado absurdamente ao materialismo por influência de algumas igrejas que têm como principal doutrina a teologia da prosperidade, e isto tem enfraquecido sobremaneira a verdadeira doutrina da mordomia cristã, ou seja, a doutrina da administração dos bens que Deus nos deu. Muitos, por estarem interessados apenas em milagres, curas e prosperidade material, já não buscam a Deus pelo que Ele é. Na verdade, não querem conhecer a Deus, mas somente barganhar com Ele. São condenáveis os “sacrifícios”, os “carnês” e toda e qualquer espécie de contribuição financeira que é dada com o intuito de estabelecer uma barganha com Deus. Certamente, essas pessoas estão incorrendo num grande perigo: a decepção do não cumprimento de falsas promessas de prosperidade e, por causa disso, o enfraquecimento da fé e, por conseguinte, a apostasia, o que levará à perdição eterna, porque um apóstata dificilmente voltará a ser um crente em Cristo Jesus (cf.Hb.6:4-6). Deus nos concede suas bênçãos não porque tenhamos algum poder de barganha, mas porque Ele nos ama e quer aprofundar o seu relacionamento conosco.

I. CONHECENDO O EVANGELHO DA BARGANHA

1. Dízimos e ofertas como moeda de troca

Em muitas Igrejas Locais, é vivenciada a síndrome de Jacó: a barganha com Deus. Quando Jacó fugia de seu irmão Esaú e se dirigia a Harã, fez o seguinte voto: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres certamente te darei o dízimo” (Gn.28:20-22). Vemos neste voto de Jacó a ideia de “barganha” com Deus, algo que jamais as Escrituras aprovaram, mas que, infelizmente, está por detrás da grande e esmagadora maioria dos votos que se fazem hoje em muitas igrejas ditas evangélicas.

Jacó agiu sob a influência cultural gentílica, não tinha ainda uma experiência com Deus e pensou que o Senhor pudesse ser “comprado” com um voto. Na verdade, Jacó barganhou por menos que o Senhor lhe havia prometido (cf.Gn.28:14). Sua fé ainda não era forte o suficiente para levar Deus a sério, de modo que Jacó condicionou o pagamento do dízimo ao cumprimento das promessas do Senhor. Deus, efetivamente, abençoou Jacó, mas não foi por causa do voto que ele lhe fez, e sim, por causa da fidelidade do Senhor às promessas que havia feito a Abraão e a Isaque, promessas que, aliás, haviam sido renovadas, no sonho, pelo próprio Deus a Jacó (Gn.28:13-15).

O voto, enquanto barganha, enquanto “troca de favores”, é, portanto, algo que se encontra totalmente fora de cogitação no relacionamento entre Deus e o homem, ante a constatação de que Deus é soberano e que ao homem cabe apenas submeter-se a este Deus Todo-Poderoso. Mas, se o voto não é barganha, o que é então? O voto é manifestação voluntária, ou seja, a declaração de vontade de alguém que é dirigida a Deus, um Deus que fez o homem com o direito de fazer escolhas e de expressar livremente a sua vontade. Todavia, qualquer ideia de barganha é infrutífera.

Deus, que é único, que é soberano e a quem pertence toda a Terra e tudo que nela há (Sl.24:1;1Co.10:26), não é “comprável” com doações de qualquer coisa, inclusive do dízimo. Aliás, Ele abomina os que se deixam levar por doações (2Cr.19:7; Is.45:13). Se Deus é soberano, se tem o controle de todas as coisas, por que haveria de se vender a um ser humano por causa de um “voto”, de uma “promessa”?

Temos visto o absurdo de muitos televangelistas enganando as pessoas. Eles utilizam-se de técnicas de arrecadação de dinheiro para explorar os incautos, principalmente aqueles que estão passando por dificuldades financeiras. Esses falsos pastores engam as pessoas com promessas anti-biblicas, utilizando-se de textos isolados da Bíblia para justificar as suas falácias. Dizem eles: “Dê tudo o que você tem para receber em troca muito mais daquilo que você ofertou”. Como diz o pr. José Gonçalves, “nesse jogo de troca vale até mesmo colocar Deus contra a parede. Alegam que, se Deus não der o que alguém negociou com Ele, então, deixa de ser Deus”.

O que temos visto é que a genuína doutrina da Mordomia Cristã tem se transformado numa prática de barganha com Deus. Isto é pura heresia de perdição. O apostolo Pedro advertiu a Igreja sobre aqueles que trariam heresias de perdição. Disse ele: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição” (2Pd.2:1).

2. Dízimos e ofertas como práticas legalistas

Muitos têm tratado os dízimos e ofertas como “investimentos”, como um “toma-lá-dá-cá”, como se Deus se prendesse a gestos feitos pelos homens. Um dos mais sérios erros dos defensores da “teologia da barganha” é orientar aos seus seguidores a barganharem com Deus, com a doação de dízimos e ofertas, como se estas contribuições fossem o suficiente para que Deus se tornasse nosso devedor. Segundo eles, se a pessoa contribuir com dízimo e ofertas, Deus tem a obrigação de retribuir a esta pessoa tudo o que for exigido; é a chamada doutrina do direito legal do crente. Afirmam que o crente que contribui financeiramente tem o direito legal de receber o que pedir a Deus, e que Deus não tem o direito de dizer não a quem Ele conferiu o direito de exigir. Ou seja, se você deu o dízimo e a oferta, então você tem pleno direito diante de Deus. Ledo engano!

Um exemplo clássico de barganha no Novo Testamento é o caso de Simão, o mago, que ofereceu dinheiro a Pedro e a João em troca da capacidade de se conceder o batismo no Espírito Santo (At.8:18-21). Simão, o mágico, ficou extremamente impressionado com o fato de o Espírito Santo ter sido concedido quando os apóstolos impuseram as mãos sobre os samaritanos. Desprovido de qualquer entendimento acerca das implicações espirituais desse acontecimento, Simão o considerou apenas uma demonstração de poder sobrenatural que lhe poderia ser útil em sua ocupação. Assim, ofereceu dinheiro aos apóstolos em troca desse poder. Esse ato insano de barganhar com Deus foi rispidamente repreendido pelo apóstolo Pedro: “Mas Pedro respondeu: Que o teu dinheiro seja destruído junto com você, pois você pensou que com ele poderia adquirir o dom de Deus! Não existe porção nem parte para você neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus” (Atos 8:20,21-NAA). A resposta de Pedro indica que esse Simão não era um homem convertido.

Atualmente, uma das práticas que caracterizam a “simonia” é a da falaciosa “restituição”. Esta prática ficou popularizada no cântico cujo refrão é “Restitui… eu quero de volta o que é meu”. Esta prática é, também, uma fonte de dinheiro para muitos inescrupulosos que, através de “campanhas de restituição”, têm levado multidões a “exigir de Deus o que foi tomado, o que é meu” e, além de lhes causar a abominação do Senhor, ainda por cima acabam tomando o que havia ficado, por meio de ofertas e “sacrifícios”, habilmente solicitados nestas mesmas campanhas. Devemos entender que, âmbito da soberania de Deus, nós não temos direito a nada. A própria expressão bíblica exarada em Romanos 3:23 já diz tudo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm.3:23). O salário do pecado é a morte (Rm.6:23). Somos salvos pela graça (Ef.2:8). Tudo que temos é por causa da graça de Deus. Exigir de Deus algo que não merecemos é um acinte à soberania de Deus. Paulo deixa claro que Deus não deve nada a ninguém (cf.Rm.11:34-36) - “Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” (Rm.11:35). Disse Deus a Jó: “Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jó 41:11).

Deus tem compromisso com a Sua Palavra, portanto, nada disso é previsto nas Escrituras como um laço que obrigue Deus a enriquecer quem quer que seja. Na verdade, nossas contribuições financeiras (sejam elas ofertas ou dízimos) são um reconhecimento de que já fomos abençoados por Deus. É uma questão de fé. Nós contribuímos financeiramente porque recebemos do Senhor primeiro, e não o contrário. Precisamos entender que ninguém dá a Deus antes, para depois ser retribuído. Precisamos ter cuidado para não distorcermos a verdadeira Mordomia Cristã (2Co.8:1-4).

II. A DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE

1. O Dízimo era uma prática da Lei

É incontestável que o Dízimo é um mandamento ordenado pela Lei mosaica aos filhos de Israel, para que cumprissem o pagamento de 10% sobre toda produção da terra e toda criação de animais (ver Lv.27:30-32,34), e servia para a manutenção dos sacerdotes e levitas (Ne.10:37; 18:21) e socorrer os necessitados (ver Dt.14:28,29).

O Dízimo é mencionado em mais de 20 versículos, de Levítico a Malaquias. Todas essas citações se referem ao povo de Israel. O trecho de Malaquias 3:6-12, frequentemente citado em algumas igrejas para obrigar as pessoas a dar o dízimo, refere-se a um povo material (os israelitas), que habitava numa terra material (Israel) onde produzia frutos do campo e tinha obrigação de dar os dízimos. Assim fazendo, este povo seria abençoado materialmente por Deus. Quando o povo não dava a devida importância aos dízimos, era repreendido pelo Senhor por meio dos profetas. Portanto, quem utiliza as palavras de Malaquias para fazer regras sobre dízimos, está distorcendo as Escrituras. A Igreja de Jesus é um povo espiritual que recebe, preferencialmente, bênçãos espirituais; bênçãos estas que independem de doação de dízimos e ofertas.

Antes da Lei de Moisés não temos relato de alguma regra sobre dízimos. Sabemos que Abrão pagou a Melquisedeque o dízimo (10%) dos despojos (Hb.7:4) de uma vitória militar (Gn.14:18-24). Neste caso, Deus não nos revelou o motivo e não falou se era ou não o costume de Abrão dar o dízimo de tudo que recebia. Se havia alguma lei, exigindo que Abrão desse o dízimo, as Escrituras não a relata. É bom ressaltar que Abraão não usou o dízimo como um instrumento de barganha, não deu para receber, não deu para ser abençoado, ele usou o dízimo como instrumento de gratidão; ele já era abençoado (Gn.14:18-20). As pessoas que alegam algum tipo de lei geral do dízimo com base neste texto bíblico estão ultrapassando a Palavra de Deus. O Dízimo, portanto, na Antiga Aliança era uma prática da Lei de Moisés; hoje, porém, é uma questão de fé e de gratidão a Deus por bênçãos recebidas e, também, a conscientização de que a Obra de Deus precisa de recursos financeiros para sua manutenção.

2. O dízimo como contribuição imposta

No Novo Testamento, o Dízimo não é obrigatório, como era no Antigo Testamento; é apenas um ato voluntário (2Co.9:7). Portanto, retê-lo não é crime, mas pode ser considerado pecado, se esta omissão for por avareza, ganância. Lembre-se, o que separa o homem de Deus é o pecado (Is.59:2), e avareza é pecado (Cl.3:5).

No Antigo Testamento, o Dízimo servia para a manutenção dos sacerdotes e levitas (Ne.10:37; 18:21), e este princípio do sustento do ministério integral se aplica, também, no Novo Testamento (1Tm.5:17,18; 1Co.9:14). Todavia, na Nova Aliança, dar o Dízimo é um ato voluntário, não uma obrigação; é uma questão de fé. Logo, o crente em Cristo Jesus, não pode ser acusado de ladrão por não dar o Dízimo, como era no ordenamento civil judaico (Ml.3:8). Os dízimos foram incluídos na legislação civil e religiosa de Israel, e não estamos debaixo dessa legislação, que foi ab-rogada, anulada (Hb.7:18).

Se, porém, a Igreja entender que o não dizimista é um ladrão, então, biblicamente, ele deve ser excluído da Igreja. A Igreja não pode ter um ladrão confesso no rol de seus membros ou ministério. De acordo com a Bíblia, o ladrão está equiparado aos adúlteros e aos que praticam atos homossexuais (cf. 1Co.6:10). Acusar um crente de ladrão pelo fato de não ser dizimista pode acarretar para o acusador problemas de ordem penal, visto que nossa legislação não contempla essa figura jurídica para caracterizar um ladrão. 

O Dízimo, também, é dado como uma prova de gratidão a Deus. O Salmista disse: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116:12). Todo ser humano gosta de receber agradecimentos ou elogios. Deus também gosta de receber elogios e de ouvir palavras e atos de gratidão de nossa parte. Deus se agrada quando reconhecemos o seu cuidado e o seu amor diário para conosco. A Bíblia está cheia de homens e mulheres que demonstraram sinceras atitudes de gratidão a Deus. Cito alguns:

-Noé, após sobreviver ao dilúvio, expressou sua gratidão oferecendo sacrifico a Deus (Gn.8:20).

-Davi, no salmo 116:7, declara: “eu te darei uma oferta de gratidão e a ti farei as minhas orações”.

-Ana agradeceu a Deus por lhe abrir a madre, oferecendo o seu filho Samuel para ser exclusivo na casa do Senhor (Samuel 1).

E nós, o que oferecemos a Deus como gratidão pela sua graça derramada? Gratidão a Deus, amor pelas almas, amor pela obra social da Igreja Local, amor pelo líder de sua Igreja Local que se dedica noite e dia para lhe dar o sustento espiritual, são boas razões para que um crente possa dar o seu dízimo.

Outrossim, a Igreja Local tem como recursos de subsistência os Dízimos e as Ofertas, advindos dos seus membros e congregados, o que, de fato, é muito saudável. Não é benéfico uma Igreja Local ser financiada pelo Estado, doações de políticos ou outro meio extra bíblico. A Igreja tem a missão de evangelizar, servir aos domésticos da fé e os de fora em suas necessidades. Para que se mantenha pagando suas contas com fidelidade como, por exemplo, energia elétrica, água, salários, manutenção dos templos, prestar serviços sociais, desempenhar obras missionárias e evangelísticas, a Igreja depende da contribuição financeira trazidas pelos fiéis. As contribuições devem ser realizadas impulsionadas pelo amor ao Reino de Deus, e não por constrangimento ou obrigação ou por interesse em barganhar com Deus. Deus não precisa de nós e nem do nosso dinheiro para realizar a Sua obra. Ele é dono de tudo. Somos apenas mordomos, devendo nós prestar contas ao verdadeiro Dono do universo de tudo o que nos foi dado para administrar.

III. A DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ

1. Deus, o criador e provedor

O primeiro princípio básico da doutrina da mordomia bíblica está no fato de que Deus é o Criador e Provedor de tudo, nós somos suas criaturas e favorecidos; Deus é o Rei, nós somos seus súditos; Deus é o Senhor, nós somos seus servos. Como Criador e Provedor, como Rei, como Senhor, Deus tem direitos e poder para exigir o que quiser; e um desses direitos é o de exigir a prestação de contas das mordomias exercidas por seus mordomos, conforme o Senhor Jesus ensinou em Lucas 16:1-13. Portanto, Deus é a fonte de toda e qualquer riqueza que, porventura, o homem venha possuir; este princípio é claramente ensinado por Moisés: “lembrem-se do Senhor, seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para conseguir riquezas” (Dt.8:18 – NAA).

2. O homem como despenseiro e administrador das coisas de Deus

Outro princípio igualmente importante no que concerne à Mordomia Cristã está no fato do homem ser mordomo (administrador, despenseiro) das coisas que Deus criou. Em Gn.1:1, a Bíblia deixa claro que Deus criou os céus e a terra, o que repete em Gn.1:31-2:3. Assim, tanto no início quanto no término do relato da criação, a Palavra não deixa qualquer dúvida de que Deus é o Senhor do Universo, ou seja, o dono de tudo. Assim, não deve causar espanto a declaração do salmista, segundo a qual “do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl.24:1). Com efeito, por ter criado o mundo e tudo o que nele há, Deus é o legítimo dono de todas as coisas. Se isto é assim, o homem é apenas um administrador da criação.

Com efeito, ao criar o homem e a mulher, Deus concedeu a eles o domínio sobre toda a criação (Gn.1:26,28), domínio este que não representa senhorio, mas uma autorização para administrar a criação terrena. Esse fato já aparece no início da Criação quando Deus criou um jardim e pôs o homem para cuidar dele (Gn.2:15). Partindo deste pressuposto, não pode o homem achar-se dono de coisa alguma sobre esta terra, e deveria comportar-se desta maneira, ou seja, plenamente consciente de que é apenas um administrador daquilo que Deus lhe deu. É exatamente esta a consciência do cristão, a de que é apenas um mordomo, um despenseiro de Deus (1Co.4:1,2; Tt.1:7; 1Pd.4:10).

CONCLUSÃO

Aprendemos nesta Aula que a Mordomia Cristã ressalta a Soberania de Deus sobre tudo e sobre todas as coisas, e a nossa responsabilidade como administradores dos bens que ele nos confiou - bens morais, espirituais e materiais, incluindo a nossa própria vida e o nosso próprio corpo. Nós não somos donos de nada, somos apenas mordomos de Deus; Ele é dono de tudo e de todos:

  • Do universo: Gn.1:1; 14:22; 1Cr.29:13,14; Sl.24:1; 50:10-12.
  • Do homem: por direito de criação (Is.42:5) - por direito de preservação: At.14:15-17 e At.17:22-28 - por direito de redenção: 1Co.6:19,20; Tt.2:14 e Ap.5:9.

Portanto, tudo o que o homem pensa ter - vida, corpo, casa, carro, dinheiro -, na verdade pertence a Deus; é o que a Bíblia afirma: “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra...”(1Cr.29:11). “A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre. Amém” (1Pd.5: 11).

Desta feita, ao dizermos “restitui tudo o que é meu”, não tem respaldo diante deste conceito de Mordomia Cristã à luz da Bíblia, haja vista que somos apenas mordomos de tudo que é de Deus, o genuíno proprietário (Gn.1:28; 2:15; Sl.8:3-9; Sl.24:1).