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FIDELIDADE, FIRMES NA FÉ


 
Leitura Bíblica: II Tm. 2.13 – Texto Áureo: Hb. 10.35-39


INTRODUÇÃO
Na aula de hoje daremos continuidade aos estudos sobre o Fruto do Espírito e as obras da carne. Desta feita, nos voltaremos para a fidelidade, uma virtude necessária a todo cristão, sobretudo nos momentos de adversidade. Estudaremos também a idolatria e as heresias, enquanto obras da carne, que distanciam as pessoas de Deus. Inicialmente destacaremos a condição idólatra do ser humano caído, em seguida, enfocaremos a fidelidade, como uma convicção alicerçada na Palavra de Deus, e gerada em nós pelo Espírito Santo.

1. O PERIGO DA IDOLATRIA E HERESIAS
A palavra idolatria, no grego do Novo Testamento, é eidololatria e tem a ver ao culto direcionado aos ídolos. O ser humano caído é propenso a se prostrar perante deuses falsos, quando não transforma a si mesmo em um deus, como quiseram fazer Adão e Eva no Éden. Está na natureza pecaminosa querer se colocar acima de Deus, bem como materializar sua adoração através de objetos. Até mesmo os israelitas, que receberam a revelação do Senhor, e deveriam se conduzir pela Torah, foram tentados a se prostrar perante deuses fabricados (I Sm. 12.21; Sl. 115.4). Ainda nos tempos de Moisés, quando este subiu ao Sinal, para receber o decálogo, o povo construiu um bezerro de ouro para adorar (Ex. 31.1-18). A política dos homens também se aproveita da idolatria do povo, nos tempos Jeroboão foi construído um sistema religioso, a fim de institucionalizar a idolatria em Israel (I Rs. 12.26-33). No Novo Testamento Paulo se deparou com essa prática religiosa, ele mesmo foi confundido com um dos deuses do panteão, sendo chamado de Mercúrio (At. 14.11-13). Ao passar por Atenas, o Apóstolo ficou impressionado com a quantidade de deuses, principalmente com a religiosidade idólatra das pessoas daquele lugar (At. 17.23). A idolatria é um tipo de heresia, se essa for considerada uma rejeição voluntária da fé, e pode também ser encontrada nos arraiais evangélicos. É bastante comum encontrar adeptos do movimento gospel adorando celebridades, e se prostrando perante supostos pregadores e cantores. As heresias estão se espalhando em algumas agremiações religiosas, algumas delas se dizem evangélicas, mas não passam de sincretismo religioso. Nos movimentos pseudopentecostais, o deus da ganância está sendo adorado, a espiritualidade é mensurada pelos recursos financeiros que alguém dispõe. Isso também é uma heresia, e se manifesta na forma de idolatria, por isso deve ser rechaçada.

2. DEMONSTRANDO FIDELIDADE A DEUS
Devemos ser fieis a Deus, mesmo que as situações não sejam favoráveis, ainda que Ele nos mate, como declarou Jó (Jó. 13.15). Nas palavras poético-proféticas de Habacuque, “ainda que a figueira não floresça” (Hc. 3.17). Essa é uma virtude do Fruto do Espírito, e diz respeito a demonstração de firmeza diante de Deus, mesmo em momentos de adversidades, sobretudo em tempos de perseguição e provação. A palavra grega é pistis, que dependendo do contexto, pode se referir à fé salvífica (Ef. 2.8,9), como crença (At. 6.7), bem como ao dom da fé (I Co. 12.9). Ainda que algumas versões traduzam essa virtude do fruto do Espírito como “fé” o mais apropriado é verter como “fidelidade”, para diferenciar de outros usos desse termo, considerando os diversos contextos em que ocorrem. A fidelidade é uma manifestação de convicção fundamentada na Palavra de Deus (Rm. 10.7). A atuação da fé na vida dos crentes é um dos temas centrais do autor da Epístola aos Hebreus, a fim de consolidar a firmeza dos crentes em meio à perseguição. Para esse autor, a fé é firme fundamento das coisas que se esperam, mas que não podem ser vistas (Hb. 11.1). E mais, sem esse tipo de fidelidade, é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Deus é o maior exemplo de fidelidade, de modo que podemos reter “firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hb. 10.23). Esse é o fundamento da nossa bendita esperança, temos a convicção que Deus fará tudo o que prometeu. Por esse motivo, podemos seguir adiante, sem temer os percalços existenciais, sem perder o foco. Quando o Espírito produz essa virtude em nós, somos impulsionados a prosseguir, esquecendo as coisas que para tras ficam, seguirmos rumo ao prêmio da soberana vocação, que se encontra em Cristo Jesus (Fp. 3.13-14). Ainda que os dias sejam difíceis, sabemos que as aflições do tempo presente não se comparam com a glória que em nós haverá de ser revelada (Rm. 8.18).

3. INSPIRANDO-SE NOS EXEMPLOS BÍBLICOS
O autor da Epístola aos Hebreus diz que pela fidelidade “os antigos alcançaram testemunho” (Hb. 11.2). No capítulo 11 dessa Epístola o autor discorre sobre uma nuvem grande testemunhas, que nos motivam a permanecer fiéis, para que não venhamos desperdiçar tão grande salvação (Hb. 2.1-3). Devemos nos inspirar nos exemplos de José, destacado homem de Deus, que se mostrou fiel, mesmo em tempos difíceis (Gn. 37-38), bem como no de Daniel, o servo do Senhor que, mesmo em terras estranhas, não fez concessões em relação a sua fé (Dn. 6). Os apóstolos do Novo Testamento também deixaram um legado de fidelidade para os crentes contemporâneos, que foram ousados diante das ameaças das autoridades religiosas e políticas do seu tempo (At. 4.18-20). A galeria dos heróis da fé de Hb. 11 deve servir de inspiração, de modo que “nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb. 12.1). A fidelidade a Deus não deve depender das circunstâncias, é possível que como Jó venhamos a murmurar diante da dor, mas sabemos que o Senhor está no comando das situações. Como diz o hino sacro, “serei fiel, precioso Jesus, serei fiel”, mas para que isso venha a acontecer, devemos nos deixar guiar pelo Espírito Santo. É com Ele que seremos capazes de enfrentar as intempéries da vida, de modo que não venhamos a desfalecer, ainda que nossas forças sejam poucas. Somente nEle podemos todas as coisas, seja nos momentos de abundância ou escassez, seja nas horas de alegria ou de tristeza (Fp. 4.13).

CONCLUSÃO
A fidelidade a Deus é condição necessária para que possamos agradá-LO, mas essa somente é produzida ao longo da experiência, resultante das adversidades enfrentadas na vivência cristã. É assim que o Espírito trabalha em nós produzindo essa virtude, que se manifesta não apenas em relação a Deus, mas também ao próximo. É isso que Deus requer de nós, que sejamos despenseiros fieis (I Co. 4.2), e assim nos manteremos distantes dos ídolos, e das heresias, que tendem a nos afastar do verdadeiro Deus.