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UMA VIDA DE FRUTIFICAÇÃO

Leitura Bíblica: Jo. 15.2 – Texto Áureo: Jo. 15.1-6


INTRODUÇÃO
Jesus declarou que Ele é a videira verdadeira, e que todo aquele que permanecer nEle dá muito fruto (Jo. 15.1,5). Na aula de hoje, a última deste trimestre, estudaremos sobre a importância de frutificar no Reino de Deus. Inicialmente trataremos sobre o caráter na vida do crente, em seguida, refletiremos sobre a função dos ramos na Videira, e ao final, mostraremos que frutificar é uma demonstração de que estamos em Cristo.  Aprenderemos, nesta lição, que a vida cristã deve se pautar pelo testemunho do Espírito, que produz em nós o caráter de Cristo.

1. A IMPORTÂNCIA DE FRUTIFICAR
A frutificação espiritual é uma necessidade, o crente precisa dar ao Espírito as condições para que o fruto seja produzido. João Batista advertiu seus ouvintes para que esses produzissem “frutos dignos de arrependimento” (Mt. 3.8). Nenhuma planta consegue se desenvolver em terreno árido, e quando essa conseguem crescer a contento, têm dificuldade para produzir frutos. Em Cristo recebemos uma nova natureza, e essa deve favorecer a produção de frutos espirituais em nossas vidas. A regeneração é o passo inicial para a produção frutífera na vida do cristão (Rm. 8.5-10). Existem pessoas bondosas na sociedade, a graça comum de Deus alcança a todos, mas somente aqueles que tiveram um encontro com Cristo produzirão em abundância. Evidentemente isso não é a mesma coisa que ser evangélico, pois há pessoas que professam a fé cristã, mas não se deixaram guiar pelo Espírito. A esse respeito, Paulo foi enfático em sua Epístola aos Gálatas: “Andais em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne” (Gl. 5.16). Isso precisa acontecer porque “a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro para que não façais o que quereis” (Gl. 5.17). A produção do fruto do Espírito em nossas vidas, portanto, passa pela negação do eu, pois os “que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl. 5.24). Aqueles que estão em Cristo são novas criaturas, as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo (II Co. 5.17). Essa nova condição em Cristo, produzida pelo mesmo Espírito de Cristo, nos torna cada vez mais semelhantes a Ele.

2. A VIDEIRA E OS RAMOS NA FRUTIFICAÇÃO
Jesus se compara em Jo. 15.1-6 a uma Videira, e aqueles que O seguem são chamados de ramos. Dessa passagem bíblica podemos extrair algumas verdades espirituais, com vistas à produção de frutos para o Senhor. Todo ramo tem que dar fruto, para isso foram criados, se assim não fizer, estará distante do propósito natural. De igual modo, o crente deve frutificar, sob o risco de ser podado. Isso acontece, na maioria das vezes, porque o ramo está ausente de Cristo: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo. 15.4-6). Permanecer em Cristo é condição sem a qual ninguém pode frutificar, existem muitos que frequentam igrejas, participam das suas atividades, mas não produzem frutos. Às vezes, o ato de ser podado, pode também ser terapêutico, pois o Agricultor Celestial limpa toda vara ou ramo que dá fruto, para que dê mais fruto (Jo. 15.2). As aflições do tempo presente podem ser o trabalhar de Deus em nossas vidas, a fim de que sejamos limpados das impurezas, e sejamos capazes de produzir ainda mais. O objetivo central de Deus em nossas vidas é a santificação: “Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (II Ts. 2.13). É para isso que somos podados, pois conforme explica Tiago, a prova da nossa fé produz paciência, para que sejamos completos, em Cristo (Tg. 1.2-4). Há crentes que crescem, e produzem frutos em abundância, mas para que isso aconteça, precisam passar pelo cadinho de Deus. Mas é assim que demonstramos, de fato, que somos discípulos de Cristo, e que estamos sendo formados conforme a Sua imagem (Jo. 15.8).

3. A DEMONSTRAÇÃO DO FRUTO
O fruto do Espírito, como temos destacados reiteradamente, depende das condições para se produzido. Ao recorrermos à metáfora agrícola, poderíamos dizer que ele precisa ser cultivado, e essa se inicia com a regeneração, o novo nascimento (Jo. 3.3). Depois dessa decisão, o crente passa a desfrutar de comunhão com Deus, a andar com Cristo em sua vivência diária. Esse contato resulta alimenta para a árvore, que consegue frutificar em amor (Jo. 15.9,10). Aqueles que amam a Deus, e vivem integralmente para Ele, conseguem produzir frutos, e beneficiam também os seus irmãos, e até mesmo os seus inimigos. Jesus foi enfático ao afirmar que aqueles que o amam são os que guardam seus mandamentos (Jo. 14.21). E de fato, toda a Lei de Deus pode ser reduzida no amor, pois “quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm. 13.8), na verdade, “o cumprimento da lei é o amor” (Rm. 13.10). Como declarava Agostinho com muita propriedade: “amem a Deus e façam o que quiserem”. Evidentemente, aqueles que amam a Deus somente farão o que agradam ao Senhor. A produção do fruto do Espírito em nós é uma demonstração contundente de que estamos com Ele. Na medida em que permanecemos em Cristo, Ele produz em nós o Fruto do Espírito, e somos capazes de fazer a Sua vontade. Muitos crentes, alguns deles bastante legalistas, tentam agradar a Deus através dos seus esforços. Por meio da natureza carnal ninguém consegue fazer a vontade de Deus. É Deus em nós que opera nós, que faz com que, através da renúncia, e em Seu Espírito, sejamos obedientes (Fp. 2.13). Aplicando uma declaração do profeta Zacarias, “não é por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc. 4.6).

CONCLUSÃO
No período natalino algumas pessoas montam suas árvores, e colocam como adorno vários frutos de plásticos, a fim de a embelezarem. Algumas dessas árvores são belas, e como se não bastasse, as pessoas as banham com luzes. Mas elas têm a maior limitação que se pode identificar em uma árvore, simplesmente não podem alimentar as pessoas. Há cristãos que não passam de árvores de Natal, investem demasiadamente no exterior, em detrimento do interior. Cristo é a Videira Verdadeira, nos somos os ramos, e devemos nEle e com Ele, por Seu Espírito, dar muitos frutos.

BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, A. G. Os frutos do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
OLIVEIRA, F. T. As obras da carne e o fruto do Espírito. São Paulo: Reflexão, 2016.