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PERDOAMOS PORQUE FOMOS PERDOADOS


Texto Áureo: Mt. 18.35 – Leitura Bíblica: Mt. 18.21-35

INTRODUÇÃO
O perdão é uma dádiva que todos ser humano tem necessidade, considerando que todos pecaram e estão distanciados da glória de Deus (Rm. 3.23), principalmente ao atestar que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). É maravilhoso saber que fomos alcançados pela graça de Deus, que perdoou nossos pecados. Na lição de hoje, veremos que por causa da misericórdia de Deus, devemos agir de igual modo com nossos semelhantes, perdoando suas ofensas contra nós.

1. UM CREDOR INCOMPREENSIVO
Jesus contou uma parábola a fim de ressaltar a importância de perdoar o próximo, essa é comumente conhecida como a parábola do credor incompreensivo ou incompassivo. A narrativa se encontra em Mt. 18, e diz respeito a duas dívidas em questão. Um homem devia uma quantia exorbitante, na verdade um valor que seria impagável – dez mil talentos – tendo sido perdoado. No entanto, esse mesmo homem, cuja divida foi perdoada, não agiu de igual modo ao ser procurando por um devedor, que não era capaz de pagar uma quantia bem menor – cem dinheiros. Jesus conta que este: “porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mt. 18.30). A conclusão da parábola nos traz o ensino: “assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seus irmãos, as suas ofensas” (Mt. 18.35). Aprendemos, a partir dessa aula de Jesus, que o perdão é uma das virtudes do reino de Deus, sendo esse uma característica dos súditos do reino. O contexto da parábola também deve ser considerado, pois Pedro perguntou inicialmente: “Senhor, até quantas vezes peará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” (Mt. 18.21). Talvez, o discípulo de Jesus achasse que estava sendo generoso ao demonstrar disposição de perdoar “sete vezes”. Mas a respeito de Jesus foi ainda mais radical: “não te digo até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt. 18.22). O Mestre não pretendia que esse calculo matemático fosse interpretado literalmente, mas que seus discípulos aprendessem a necessidade de perdoar sempre.

2. DEUS PERDOOU NOSSOS PECADOS
Somos alvos da misericórdia e graça divina, a primeira diz respeito ao fato de Deus não nos dar aquilo que merecemos – a condenação; e a segunda, ao fato de Deus nos dar justamente o que não merecemos – o perdão. A graça, charis em grego, é o favor imerecido de Deus a cada um de nós. E esse perdão de Deus, conforme apreendemos na resposta de Jesus na parábola, é uma hipérbole, ou seja, uma graça exagerada. Éramos indignos aos olhos de Deus de receber o perdão, a condenação era uma realidade da qual não poderíamos escapar. O sacrifício de Jesus na cruz do calvário, o Seu precioso sangue derramado é a causa da remissão dos nossos pecados (Hb. 9.22). Ao recorrer a uma metáfora contábil, Paulo destaca que Deus providenciou uma maneira para que nossa dívida fosse paga (Gl. 4.4,5). Muitos cristãos esquecem essa verdade maravilhosa, por isso se colocam debaixo do jugo da religiosidade. Há cristãos evangélicos que acreditam que são salvos por causa do que fazem ou deixam de fazer. Mas não podemos desconsiderar que a salvação é pela graça de Deus, por meio da fé e não das obras, para que ninguém tenha do que se gloriar (Ef. 2.8,9). E porque Deus perdoou nossos pecados, alcançando-nos na esfera horizontal, devemos agir de igual modo na esfera horizontal, também perdoando nossos irmãos, sendo ainda mais radical, conforme Jesus nos ensinou: “amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt. 5.44).

3. DEVEMOS PERDOAR OS PECADOS DOS OUTROS
É sempre importante lembrar que Deus prova Seu amor para conosco pelo fato de Ele ter nos amado sendo nos ainda pecadores (Rm. 5.8). Vários cristãos sabem de cor o que se encontra escrito em Jo. 3.16, mas apenas alguns poucos sabem o que se encontra escrito em I Jo. 3.16. A primeira referência diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. A segunda referência afirma que assim como Ele nos amou, devemos amar nossos irmãos e entregar nossas vidas por eles. É preciso destacar que a graça maravilhosa de Deus nos coloca diante de uma nova condição ética, considerando que agora somos novas criaturas em Cristo (II Co. 5.17). Ele nos amou, agiu com misericórdia, nos tratou com graça. Semelhantemente, devemos amar o próximo, agir com misericórdia, e ser graciosos com aqueles que nos ofendem. Na oração dominical o Senhor expressou essa máxima: “perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos ofenderam” (Mt. 6.11,12). Muitos supostos cristãos, tomados pelo legalismo religioso, são incapazes de perdoar o próximo, têm uma percepção elevada deles próprios. Esses, além de não perceberem que foram alcançados pela graça, ainda deixam de agir com graça com os outros. Tais fazem o mesmo que o credor incompreensivo da parábola contada por Jesus, foram perdoados de uma dívida impagável, mas não fazem o mesmo quando alguém se aproxima pedindo perdão.

CONCLUSÃO
O evangelho de Jesus Cristo nos põe debaixo de uma ética diferenciada daquela mundana. É por isso que Jesus deixou claro que nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt. 5.20). O mundo age por meio da máxima: olho por olho e dente por dente. Os súditos do reino vivem a partir do “porém vos digo” de Jesus, que demonstra disponibilidade para perdoar, tendo por base o grande amor de Deus por cada um de nós.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. The parables of Jesus. LaSalle Boulevard: Moody Publishers, 1983.
KENDALL, R. T. The parables of Jesus. Grand Rapids: Chosen Books, 2004.