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SINCERIDADE E ARREPENDIMENTO DIANTE DE DEUS

Texto Áureo: Mt. 23.12 – Leitura Bíblica: Lc. 19.9-14

INTRODUÇÃO
Nos tempos de Jesus, fariseus e publicanos se colocavam em lados opostos, os primeiros defendiam a moral religiosa, os últimos coletavam impostos, e os entregavam aos romanos. Na aula de hoje estudaremos sobre sinceridade, tendo por base a parábola que Jesus contou a respeito das orações de um fariseu e de um publicano. Aprenderemos a importância de uma vida sincera, não pautada em mero formalismo religioso, mas na graça oferecida por Deus.

1. FARISEUS E PUBLICANOS
Os fariseus faziam parte de uma seita judaica bastante numerosa, que se destacava pelo rigor religioso, sobretudo no cumprimento das tradições (Mt. 15.1,2). A palavra fariseu significa “separado”, e assim eles se consideravam, como um povo eleito de Deus. A doutrina dos fariseus, em linhas gerais, não se diferenciava da ortodoxia judaica. O principal problema deles era o excesso de normas, que iam além daquelas estabelecidas pelo judaísmo clássico. Além disso, eles valorizavam demasiadamente as exterioridades, em detrimento de uma espiritualidade genuína. Por causa desse tipo de comportamento, foram duramente repreendidos por Jesus, que os chamou de sepulcros caiados (Mt. 23.27-32). Na verdade, grande parte dos discursos de Jesus, bem como das suas parábolas, foram direcionadas aos escribas e fariseus, que cultivavam uma religiosidade de aparência, destituída de autenticidade espiritual. Esses fariseus se opunham com veemência a outro grupo daquela época, os publicanos. Estes eram cobradoras de impostos, e eram considerados traidores porque cobravam dos judeus para entregarem aos romanos. Por esse motivo, geralmente eram postos na lista dos pecadores (Mt. 9.10,11), e eram associados às meretrizes (Mt. 21.31).  Os fariseus, ao se compararem com os publicanos, achavam que eram superiores àqueles. Eles se consideravam “cidadãos de bem”, enquanto que os publicanos seriam a escória da sociedade.

2. UMA PARÁBOLA SOBRE SINCERIDADE
A interpretação de Jesus, a respeito de quem era pecador, era diferente do aparato exegético dos fariseus. E para mostrar sua diferença, contou uma parábola a respeito de um fariseu e um publicano que oravam. De acordo com o relato de Lucas, o Mestre contou que dois homens subiram ao tempo para orar, um fariseu e um publicano (Lc. 18.9,10). A oração do fariseu estava fundamentada na justiça própria, pensando que seria aceito por Deus por causa das suas práticas religiosas (Lc. 18.12). O publicano, por sua vez, sabia que nada merecia aos olhos de Deus, por isso tão somente dizia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lc. 18.13). Na avaliação de Jesus, o publicano seguiu justificado para sua casa, e acrescentou: “qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lc. 18.14). A mensagem dessa parábola é bastante apropriada, sobretudo nos dias atuais, que as pessoas se consideram “de bem”, em detrimento das outras que consideram “do mal”. De acordo com os ensinamentos de Jesus, o ser humano é mal, nada há nele que possa ser digno de justificação (Mt. 7.11). Não podemos esquecer que todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus, que o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus (Rm. 3.23; 6.23).

3. UMA ORAÇÃO SINCERA
A oração que é aceita diante de Deus é aquela feita de acordo com a revelação da Sua Palavra. Os discípulos pediram a Jesus para que ensinasse a eles a orar, demonstrando a necessidade de orar apropriadamente. As orações podem não ser fundamentadas na revelação de Deus, mas podem revelar as intenções do nosso coração, e mais que isso, podem refletir nosso caráter. A oração de muitas evangélicos, como aquela do fariseu da parábola, revelam apenas a percepção meritória de justiça. Há pessoas nas igrejas que acham que são merecedoras da salvação. Elas se acham melhores dos que os outros, em uma escala de graus sociais, se colocam acima dos demais. Mas o evangelho de Jesus nivela a todos debaixo da condenação do pecado. Paulo escreveu a Epístola aos Romanos para denunciar essa crença, a de que a religiosidade é suficiente para a justificação. A justificação acontece simplesmente por meio da fé em Cristo Jesus, ninguém é justificado por meio das obras da lei (Rm. 3.20; Ef. 2.8,9). Deus não nos aceita por intermédio dos nossos critérios religiosos, mas através do sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário. O sangue dEle derramado, como bem expressa o autor da Epístola aos Hebreus, é o fundamento da nossa salvação (Hb. 9.14). Essa é uma doutrina que percorre cada página do Novo Testamento, a fim de ressaltar que somente o sangue de Jesus nos purifica do pecado (I Jo. 1.7).

CONCLUSÃO
Evidentemente, para ser agraciado com o perdão divino, faz-se necessário demonstrar arrependimento, e se humilhar perante Deus (Lc. 14.11). Aqueles que cometem pecados morais costumam fazê-lo com maior rapidez, por isso publicanos e prostitutas precederão os religiosos no reino de Deus (Mt. 21.31). A razão é bastante simples, os religiosos legalistas tendem a se considerar retos aos olhos de Deus, por isso não percebem sua condição de pecado (Lc. 5.32).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. The parables of Jesus. LaSalle Boulevard: Moody Publishers, 1983.
KENDALL, R. T. The parables of Jesus. Grand Rapids: Chosen Books, 2004.