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PERSEVERANDO NA FÉ

                   
                         Texto Áureo: Lc. 18.7 – Leitura Bíblica: Lc. 18.1-8


INTRODUÇÃO
A parábola do Juiz Iníquo, que na verdade, é a parábola da viúva perseverante, tem muito a nos ensinar sobre a oração. Vivemos em uma sociedade que se esqueceu de oração, que deixou de buscar a Deus, e quando o faz busca apenas seus interesses egoístas. Na aula de hoje, com base nessa parábola contada por Jesus, aprenderemos a importância de persistir em oração, confiando que o Senhor ouve nossas petições, e ainda mais relevante, que podemos ter comunhão com Ele.

1. A FÉ COMO PERSEVERANÇA
A palavra pistis em grego carrega múltiplos significados, podendo se referir tanto à crença, quando a fidelidade, sobretudo em tempos de adversidades. O autor da Epístola aos Hebreus define a fé como “o fundamento das coisas que se esperam” (Hb. 11.1). Essa é a fé-fidelidade, apresenta por Paulo como um dos aspectos do Fruto do Espírito (Gl. 5.22). Essa é a fé que, segundo as próprias palavras de Jesus, deve ser cultivada, sob o risco de, por causa da falta de amor de muitos, deixar de existir (Lc. 18.8). Há pessoas que estão desistindo da caminhada cristã, trocando-a por valores meramente terrenos, buscando pratos de lentilhas ao invés do maná celestial. A fé cristã é a base da fé daqueles que se entregam incondicionalmente a Cristo, que seguem Seus passos como verdadeiros discípulos. Essa fé também pode ser demonstrada como charisma do Espírito (I Co. 12), a fim de ver a manifestação de milagres, Jesus disse que essa fé é capaz de mover montanhas (Mt. 17.20). Uma das formas de expressar essa fé é por meio da oração, sobretudo nestes tempos nos quais as pessoas deixaram de orar. Por causa do pragmatismo contemporâneo, muitas igrejas confiam mais em seus dotes políticos, do que na intervenção do Espírito para conduzir seus ditames. Como igreja do Senhor Jesus, devemos perseverar na oração, firmes nas promessas dAquele que o Cabeça da igreja.

2. A PARÁBOLA DA PERSEVERANÇA
A fim de ressaltar a importância da perseverança na oração, Jesus contou uma parábola a respeito de uma viúva persistente. É digno de destaque o papel das mulheres no Evangelho segundo Lucas, principalmente daquelas que ficaram viúvas (Lc. 2.27,28; 4.25,26; 7.11-17; 18.1-8; 20.45-47; 21.1-4). Essa parábola precisa ser compreendida no contexto da época dos tempos de Jesus, nesse tempo o tribunal era móvel, tratava-se de uma tenda que seguia um determinado juiz. Aquela viúva, mesmo sendo uma mulher, e ainda por cima viúva e pobre, manteve-se perseverante em relação a sua causa. A mensagem que Jesus quer ensinar nessa parábola é única: devemos orar e jamais desfalecer. Lembremos que Paulo nos instruiu a orar sem cessar (I Ts. 5.17), isso quer dizer que devemos orar sempre, pois a oração descortina os céus. É importante ressaltar que por causa de Jesus, hoje temos livre acesso ao trono da graça (Hb. 4.14-16). É bem verdade que Deus nem sempre responde as orações da maneira que desejamos, Ele pode dizer “não”, como aconteceu com Moisés e Paulo, ou simplesmente “espere”. Em todas as situações, devemos perseverar até que saibamos a vontade de Deus, cientes de que Sua vontade é soberana, e que sempre fará o melhor para cada um de nós.  

3. A PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO
A oração baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidados sobre nós (Mt. 6.26,30; 10.29,30), que é cheio de misericórdia (Tg. 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp. 4.6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de lhe pedirmos (Mt. 6.8,32). A resposta do Senhor pode ser demorada (Lc. 11.5-10), importuna (Lc. 18.1-8) e repetida (Mt. 26.44), e a resposta pode não ser o que pedimos (II Co. 12.7-9), mas o cristão pode descarregar sua ansiedade em Deus, sabendo que nEle podemos descansar (Fp. 4.6,7). As posições na oração, de acordo com a Bíblia, são as mais diversas: em pé (I Sm. 1.20,26; Lc. 18.11), de joelhos (Dn. 6.10; Lc. 22.41), curvando a cabeça e inclinando-a à terra (Ex. 12.27; 34.8), prostrado (Nm. 16.22; Mt. 26.39), com as mãos estendidas (Ed. 9.5) ou erguidas (Sl. 28.2; I Tm. 2.8). Sobre o lugar, o templo é reconhecido, prioritariamente, como “Casa de Oração” (Lc. 18.10), mas os fiéis sempre oraram em lugares diversos, de acordo com a necessidade: dentro de um grande peixe (Jn. 2.1), sobre os montes (I Rs. 18.42; Mt. 14.23), no terraço da casa (At. 10.9), em um quarto interior (Mt. 6.6), na prisão (At. 16.25), na praia (At. 21.5). O lugar e a posição corporal não são dogmáticos em relação à oração, o mais importante, conforme ressaltou o Senhor, em Jo. 4.24, é a disposição espiritual, a fim de não incorrer na hipocrisia dos fariseus (Mt. 6.5).

CONCLUSÃO
A parábola de Jesus, a respeito da mulher perseverante, deve servir de motivação para que continuemos orando, ainda que os tempos sejam difíceis. Não sabemos o que sobrevirá o dia de amanhã, mesmo assim estamos cientes que o Senhor está no comando. Devemos confiar na Sua palavra que é fiel e verdadeira, e na Sua disposição de fazer sempre o que é melhor, ainda que não compreendamos neste momento. A resposta ao pragmatismo, que se adianta sem a vontade de Deus, é persistir diante dAquele que tem todas as respostas.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. The parables of Jesus. LaSalle Boulevard: Moody Publishers, 1983.
MaCARTHUR, J. As parábolas de Jesus. São Paulo: Thomas Nelson, 2016.