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AS SUTILEZAS DE SATANÁS CONTRA A IGREJA DE CRISTO

 Texto Base: 1Timóteo 4:1-5

“Mas o Espírito­ expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm.4:1).

1 Timóteo 4:

1.Mas o Espírito ­expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, ­

2. pela hipocrisia ­de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, ­

3. proibindo o casamento­ e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; ­

4.porque toda criatura­ de Deus­ é­ boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças, ­

5.porque, pela palavra de Deus e­ pela ­oração, é santificada.


INTRODUÇÃO

Iniciamos mais um trimestre letivo da EBD. Estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: Os Ataques contra a Igreja de Cristo – As Sutilezas de Satanás nestes dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor José Gonçalves. Espero que o Espírito Santo nos ajude nesta empreitada; sem Ele nosso trabalho não terá nenhuma eficácia.

Nesta primeira Aula trataremos do seguinte tema: “A sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo”. Sutileza é a arte de agir sem ser notado, ou de conseguir um objetivo sem ter que revelar a verdadeira intenção, apenas insinuando, ou despertando a curiosidade da possível vítima; é usar de astúcia, de artimanha, de artifícios enganadores. A primeira vez que esta palavra surge nas Escrituras é, precisamente, em relação a Satanás, que é apresentado como a serpente, a "mais astuta de todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito" (Gn.3:1). Satanás desde a sua primeira aparição no relato bíblico já é apresentado como sendo um ser que tem a capacidade de quase não ser percebido, que tem uma grande sensibilidade para perceber ou sentir as coisas com antecedência e, desta maneira, elaborar coisas muito engenhosas, que tem grande capacidade de insinuação e que, assim agindo, consegue atingir os seus objetivos. Jamais devemos ignorar as sutilezas de Satanás (2Co.2:11).


I. A IGREJA SOB ATAQUE

1. A sutileza do ataque

Atacar a Igreja é a principal tarefa de satanás, e sempre ele utiliza dos seus ardis para lograr êxito. O seu maior alvo sempre foi destruir a Igreja, e tem se utilizado dos métodos mais variados, e a mais perigosa que a igreja tem enfrentado é a perseguição camuflada. Porém, todas as perseguições que a Igreja sofreu não foi suficente para debelar ou arrefecer o seu progresso. No passado ele usou a força bélica, matando milhares, talvez milhões de cristãos inocentes, mas isso apenas fez crescer o número de crentes; mas hoje a perseguição tem sido de forma sutil e quase imperceptivel. Os incautos não conseguem perceber isto. As perseguições ocorrem, por exemplo, com a normalização de comportamentos e práticas contrárias à fé cristã; por falta de discernimento espiritual, a sutileza do ataque do inimigo quase não é percebida. Não importa onde esteja ou a que época se encontre, você está debaixo do ataque do Inimigo. Às vezes, o ataque é previsto, mas em outros momentos, a surpresa é total. Como podemos nos preparar para que nossa vida espiritual seja defendida? O apóstolo Paulo responde: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef.6:11).


 2. O alerta para o povo de Deus

Estamos vivendo os últimos tempos da Igreja, e neles o Espírito Santo faz um alerta ao povo de Deus acerca de falsos mestres e das falsas doutrinas. As falsas doutrinas têm um poder mais destrutivo que a perseguição física. A sedução da “serpente” é mais letal que o rugido do leão. Paulo, na sua primeira Epístola a Timóteo, escreveu sobre o grande alerta que o Espírito Santo dá à Igreja: “Mas o Espírito ­expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”. O mesmo Espírito que havia inspirado Paulo a alertar os presbíteros de Éfeso acerca da chegada dos falsos mestres (Atos 20:29,30), agora leva Paulo a alertar Timóteo, pastor da igreja de Éfeso, de que esse tempo chegaria e o resultado seria a apostasia de alguns. É no campo da doutrina que as sutilezas de satanás se destacam com maior engenhosidade. Foi neste campo que Satanás procurou enganar a Igreja Primitiva. Com Eva, ele falou pessoalmente; no princípio da Igreja, ele procurou infiltrar-se através de seus instrumentos, aqueles que a Bíblia denomina de falsos obreiros, introduzindo falsas doutrinas.

O apóstolo Pedro também advertiu contra esse perigo das sutilezas de Satanás - "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade"(2Pd.2:1-2).

O Senhor Jesus também advertiu contra esse perigo. Disse Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt.7:15). Acautelar significa ficar de sobreaviso, prevenido, para não ser pego de surpresa. O Senhor Jesus sabia que eles viriam, por isso afirmou: "que vêm até vós". Ele não disse: "que poderão vir". Ele afirmou que viriam; e vieram; não perderam tempo. Vestir-se de "ovelha" seria a forma de poder agir, livremente, com sutileza. O Senhor Jesus falou em "falsos profetas" que seriam como "lobos vestidos de ovelhas". Pedro identificou-os com "falsos doutores". Oremos e vigiemos (Mt.26:41) para que não venhamos a cair nas muitas ciladas do Diabo.


 3. A Igreja na reta final

A Igreja está em sua reta final, e as sutilezas de satanás têm se intensificado fortemente, pois o seu desejo é levar consigo muita gente para o terrível lugar que está reservado a ele – o lago de fogo e enxofre (Mt.25:41). Os apóstolos descreveram o comportamento, ações e práticas que marcariam o tempo final; se eles, que viveram há mais de dois mil anos, disseram já vivenciar os últimos dias (Atos 2:17; 1Co.10:11; 2Pd.3:3; 2Tm.3:1; 1Tm.4:1), o que podemos afirmar da presente época? Não estamos na reta final, no princípio do fim de todas as coisas?

A Igreja, no seu princípio, foi muito perseguida pelos falsos mestres; com suas sutilezas enganaram muitos cristãos; muitos se apostataram da fé. Ora, se no princípio da Igreja, muitos caíram, quanto mais agora nestes últimos dias da Igreja na Terra. O apostolo Paulo alertou Timóteo que isto ocorreria com grande intensidade nos “últimos tempos” (1Tm.4:1). A expressão “últimos tempos” (1Tm.4:1) não se refere apenas a um período escatológico do fim, mas compreende todo o período da era cristã, inaugurado por Jesus em sua primeira vinda e que se consumará na segunda vinda. Esse tempo do fim será caracterizado pela manifestação dos falsos profetas (Mt.24:11) e falsos cristos, que enganarão a muitos (Mc.13:22), culminando na apostasia e na manifestação do homem da iniquidade (2Ts.2:4).

Deus adverte o seu povo quanto ao cuidado que deve tomar para não cair no mesmo erro de muitos irmãos no princípio da Igreja; não caminhar pela mesma estrada; não ter o mesmo comportamento. Quem não aprende com as lições da História comete os mesmos erros da História. Precisamos fazer da História a nossa pedagoga e não a nossa coveira.


 II. A NATUREZA DO ATAQUE

1. O ataque é de natureza espiritual

Conforme 1Tm.4:1, a natureza do ataque à Igreja é eminentemente espiritual, e os agentes principais envolvidos são: Satanás e seus demônios – “...dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”. Paulo, quando escreveu aos Efésios, alertou-nos que a nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra os principados e potestades do mal (Ef.6:12). Portanto, quem está por trás das heresias são os espíritos enganadores, os próprios demônios. Os falsos mestres são inspirados por demônios, assim como os apóstolos eram inspirados pelo Espírito de Deus. Satanás tem seus próprios ministros e suas próprias doutrinas. As Escrituras descrevem o diabo não apenas como tentador, atraindo pessoas para o pecado, mas também como enganador, seduzindo as pessoas ao erro. Os falsos mestres são escravizadores das pessoas e difamadores de Deus; eles proíbem o que Deus ordena e escravizam pessoas, impondo a elas restrições que Deus nunca fez.

2. O ataque é de natureza moral

Também, o ataque à Igreja é de natureza moral, conforme 1Timóteo 4:2 – “pela hipocrisia ­de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. Estes comportamentos descritos aqui por Paulo se encontram na esfera moral. Aqui, o apóstolo fala de hipocrisia e de mentira, que são comportamentos invertidos das virtudes morais cristãs da autenticidade e da verdade.

Os falsos mestres são como atores: representam um papel diferente da vida real; falam uma coisa e fazem outra - são hipócritas. Eles não revelam sua verdadeira identidade; ao contrário, escondem-se atrás de máscaras para enganar as pessoas. Os falsos mestres possuem não apenas um ensino errado, mas também uma motivação errada; não apenas teologia falsa, mas também uma vida torta. Segundo Pr. Hernandes Dias Lopes, o problema dos falsos mestres não é apenas teológico, mas também moral.

Paulo também demonstra a esfera moral desse ataque quando faz referência àqueles que têm “cauterizada a sua própria consciência”. O termo grego, “suneidesis”, usado em 1Tm.4:2 para “consciência”, é uma referência à capacidade humana de julgar, de entender o certo e o errado. Em outras palavras, é a faculdade humana por meio da qual se distingue o que é moralmente bom ou ruim. A consciência dos falsos mestres não tem sensibilidade espiritual; está cauterizada, anestesiada, amortecida; eles perderam o temor de Deus e não sentem mais tristeza pelo pecado; são insensíveis. Outro termo dito em 1Tm.4:2 é “cauterizada”. A palavra grega “kauteriazo”, traduzida por “cauterizada”, traz a ideia de “marcar com um ferro quente”, como era feito no passado com os escravos e hoje com o gado, deixando o lugar queimado insensível; significa dizer que a consciência se tornou insensível para julgar entre o certo e o errado. Warren Wiersbe diz que “sempre que alguém afirma com os lábios o que nega com a vida, a consciência é amortecida”.


III. AS ESFERAS DO ATAQUE

1. A esfera religiosa

Diversas esferas da Igreja estão sob ataque, dentre elas está a religiosa. Nesta esfera, satanás tem feito um grande estrago, fazendo com que muitos abandonem a fé em Cristo. Veja o que vaticinou o apostolo Paulo em 1Tm.4:1: “...nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé...”. Relacionada à fé cristã, apostasia significa abandonar a fé cristã de forma consciente e deliberada. Para que haja apostasia é necessário que a pessoa tenha experimentado o novo nascimento, ou seja, que tenha certeza de sua salvação e aí, de forma consciente e deliberada, abandona a fé e passa a negar toda verdade por ela experimentada. Na maioria das vezes, os apóstatas tornam-se inimigos da Igreja. Concordo com o pr. Jose Gonçalves quando ele diz que “as pessoas que mais causam danos e escândalos ao Evangelho são aquelas que já lutaram em suas trincheiras; por alguma razão abandonaram a fé e se tornaram inimigo da Igreja”. Quem é crente há muitos anos podem confirmar isso.

O arqui-inimigo da Igreja, juntamente com suas hostes espirituais da maldade, não tem dado trégua; pelejam sem parar contra o povo de Deus (Ef.6:12). Entretanto, a prática do pecado é uma responsabilidade pessoal e intransferível do indivíduo (Ez.18:4,20; cf. Rm.6:23). Nesse sentido, a apostasia sempre será praticada de maneira consciente, deliberada e voluntária. Os crentes que caem neste terrível erro, dificilmente retornarão à fé cristã, pois suas mentes ficam cauterizadas. Diz o escritor aos Hebreus:  "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério" (Hb.6:4-6).

2. A esfera social

Outra esfera de ataque à Igreja é a social. Isso pode ser visto na expressão de Paulo: “proibindo o casamento” (1Tm.4:3). Como pode alguém desprezar o casamento, e ainda proibi-lo, quando ele foi instituído por Deus? O casamento não foi apenas instituído, mas também ordenado por Deus (Gn.2:18; 2:24; Mt.19:3-12; 1Co.7:1-24). Quando os falsos mestres ensinam que é errado casar-se, proibindo o casamento, estão abertamente se rebelando contra a Palavra de Deus e atacando o que Deus instituiu e ordenou.

Proibir o casamento é se opor à família, e opor-se à família significa opor-se à Igreja, pois a Igreja é formada de famílias. A família é uma das instituições criadas por Deus que mais tem sido atacada “nestes últimos tempos”, pois atacando a família, Satanás atinge a Igreja - famílias fracas significa igrejas fracas. Satanás tem usado pessoas poderosas em todas as instituições governamentais – no poder executivo, no legislativo e judiciário – no afã de desfazer o padrão familiar instituído por Deus. As mais variadas leis, decretos e decisões do judiciário têm sido criados com o intuito de desconstruir a família; há uma força infernal poderosa do inimigo contra essa instituição sagrada. Precisamos pedir a Deus para que Ele tenha misericórdia e guarde o seu povo dos ataques de satanás.


IV. A IGREJA PROTEGIDA

1. A exposição da Palavra de Deus

O apóstolo Paulo apresenta duas ferramentas importantes capazes de paralisar os ataques do inimigo: a Palavra de Deus e a oração – “porque, pela palavra de Deus e­ pela ­oração, é santificada” (1Tm.4:5). Os falsos ensinadores, talvez sob a influência dos judeus, davam regras rígidas, exigindo abstinência de determinados alimentos. Mas Paulo nos ensina que todos os alimentos são aceitáveis por aqueles que consideram Deus como seu Provedor e agradecem a Ele por esses alimentos (Rm.14:6; 1Co.10:30). Os cristãos verdadeiros conhecem o Criador; então, eles podem desfrutar ao máximo da sua criação, recebendo-a alegremente, com ações de graças. Todas as coisas, “pela palavra de Deus e pela oração, são santificadas”. Deus disse que a sua criação é boa; portanto, nós estamos de acordo com a declaração de Deus quando vemos toda a criação como adequada para um uso especial.

Os ensinos dos falsos mestres sobre a abstinência de determinados alimentos estimularam, posteriormente, o surgimento da falsa doutrina do gnosticismo – uma crença de que o espírito é bom, mas o mundo físico é mau. Assim, qualquer coisa feita para o prazer do corpo ou para suprir as suas necessidades (tais como praticar sexo ou comer) é considerada má. Para ser “boa” e atingir um estado espiritual mais elevado, uma pessoa precisa negar todo o mal, inclusive os desejos físicos naturais. As exigências desses falsos ensinadores os faziam parecer autodisciplinados e justos, mas a disciplina rígida para o corpo não conseguia remover o pecado. O apóstolo Paulo, então, mostra que a Palavra de Deus possui poder santificador; ela é um antídoto contra este tipo de doutrina e toda forma de culto falso que o Diabo possa criar.

Paulo, escrevendo aos crentes de Éfeso, diz que devemos nos revestir da armadura de Deus, pois há uma batalha, não contra sangue e carne, mas sim contra o império do diabo (Ef.6:11-13). Uma dessas armaduras apresentadas por Paulo é a Espada do Espírito” (Ef.6:17). Espiritualmente falando, essa Espada representa a Palavra de Deus. Paulo está dizendo que quem usa esta Palavra é o Espírito. Talvez a melhor ilustração seja a tentação de Jesus no deserto. Jesus foi levado ao deserto para ser tentado. Primeira tentação: “se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se tornem em pães” (Mt.4:3). “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt.4:4); e assim foi com a segunda e a terceira tentação. Todas elas Jesus respondeu dizendo: “está escrito”. É isto que significa, na guerra espiritual, a “Espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus - é você responder as dúvidas, questionamentos, repelir a mentira, as acusações, a culpa com “está escrito”.

Observe que a Espada do Espírito é arma de ataque. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele por meio da Palavra. É pela Palavra que os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, viva e eficaz. Moisés quis libertar os israelitas do Egito com a espada do homem carnal, e fracassou; mas quando usou a Espada do Espírito o povo foi liberto. Pedro quis defender a Cristo com a espada humana, e fracassou; mas quando brandiu a Espada do Espírito, multidões se renderam a Cristo. Precisamos conhecer bem a Palavra de Deus. A Bíblia nos afasta do pecado ou o pecado nos afasta da Bíblia. Infelizmente, há multidões de crentes mais comprometidos com as mídias sociais do que com a Palavra de Deus. Isso é lamentável!

2. A prática da oração

Outra ferramenta imprescindível para combater os ardis de satanás é a oração. Não podemos lutar nessa guerra com nossas próprias forças, no nosso próprio poder. A oração é o canal pelo qual o crente recebe poder para a vitória; é a energia que capacita o soldado crente a usar a armadura e brandir a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Moisés orou, e Josué brandiu a espada contra os amalequitas. Oração e ação caminham juntas (Ex.17:8-16).

Escrevendo aos Efésios, Paulo ensinou que a oração é uma das armaduras de Deus para o crente combater o inimigo - “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef.6:18). Devemos, portanto, orar com perseverança (Ef.6:18). A igreja primitiva orou com perseverança (At.1:14; 2:42; 6:4), e devemos orar da mesma forma (Rm.12:12). Robert Law disse: "A oração não é para fazer a vontade do homem no céu, mas para fazer a vontade de Deus na terra".

É muito triste vermos, atualmente, pregadores buscando se formar e se aprimorar no conhecimento de técnicas que levem o povo à emoção, ao frenesi (delírio), em especial a chamada "neurolinguística"; gastam horas e horas no aperfeiçoamento destas técnicas ao invés de buscarem a face do Senhor na oração, no jejum e na meditação da Palavra do Senhor. O resultado tem sido desastroso, porquanto há já centenas de pregadores que em nada se distinguem dos "gurus" e "mestres" de movimentos ligados direta ou indiretamente ao movimento Nova Era e, naturalmente, o povo não sente a presença do Senhor e é enganado por emoções e sentimentos que são causados por técnicas persuasivas, que nada têm a ver com a verdadeira manifestação da glória do Senhor. Tomemos cuidado para não sermos presas desses mestres do engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1Tm 4.1). A prática da oração nunca pode deixar de existir na agenda espiritual dos santos.


CONCLUSÃO

Nesta Aula aprendemos que o diabo tem atacado a Igreja de Cristo usando os seus ardis. As sutilezas do Inimigo têm se alastrado com maior intensidade no campo doutrinário, pois os falsos ensinos não são facilmente verificáveis, principalmente para aqueles que se encontram distraídos como era o caso de Eva e, pior, que não têm conhecimento da Palavra de Deus. Como Igreja do Senhor, estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de Deus, para detectar e combater as muitas sutilezas de Satanás.